PIB deixa de ser o norte da política de governo; agora, Dilma afirma que crescimento sem emprego é inútil
Dilma vai a Uberlândia para formatura de alunos do Pronatec (Celso Junior/Reuters)
Se alguns anos atrás a presidente Dilma Rousseff costumava usar o crescimento econômico como principal norte de seu governo - inclusive para justificar políticas protecionistas, expansionistas e falta de ajuste fiscal -, agora o PIB (que não brilha tanto como em anos anteriores) parece já não importar tanto. Diante do crescimento econômico frustrante dos últimos trimestres e da forte desaceleração na criação de vagas de trabalho, a presidente resolveu acertar o seu discurso.
Em visita a Uberlândia, em Minas Gerais, para participar da formatura de alunos do Pronatec, Dilma afirmou nesta sexta-feira que o crescimento econômico não importa se não for revertido em qualidade de vida para a população, com uma melhora nos empregos e na saúde, por exemplo. "Tem de acabar com a história antiga que esse país pode ser rico com um povo pobre. Esse país só vai ser rico com o povo rico. Não basta o PIB crescer, tem de crescer para vocês (população). Não basta o PIB melhorar, a saúde tem de melhorar. Não adianta o PIB crescer se não tiver emprego de qualidade", avaliou a presidente.
Dilma defendeu que a educação e a criação de empregos são as melhores maneiras de acabar com a pobreza. Segundo a presidente, programas como o Pronatec não são um "favor", mas uma "obrigação" do governo.
Dilma comentou ainda a diminuição da desigualdade no Brasil. "Nosso país, que antes era dos lugares mais desiguais do mundo, estamos garantindo que essa luta contra a desigualdade seja irreversível", destacou.
(Com Estadão Conteúdo)
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