O senador
Romero Jucá (PMDB-RR) destacou, nesta sexta-feira (23), em pronunciamento no
plenário, os principais pontos de uma proposta de minirreforma eleitoral que
deve apresentar na próxima terça-feira (27), aos líderes partidários e membros
da mesa do Senado, seguindo orientação do presidente Renan Calheiros no sentido
da elaboração de um texto para ser discutido e votado antes de outubro deste
ano, de forma que as mudanças tenham validade ainda nas eleições de 2014.
Segundo
vice-presidente da Casa e responsável pela elaboração do texto-base para uma
pequena reforma eleitoral, Jucá chamou seus colegas e, principalmente os
líderes dos partidos, para se sentarem à mesa na terça-feira, discutir a
matéria e agilizar a definição da proposta.
– A intenção é
caminhar na direção da expectativa popular e dos próprios partidos políticos,
que é a simplificação e diminuição dos gastos de campanha, enfim, a
transparência e a homogeneidade da campanha, no que diz respeito à atuação dos
candidatos e ao acompanhamento da sociedade - justificou.
Principais
pontos
Jucá levou em
conta várias propostas em tramitação no Senado – ele mesmo já tem um projeto
sobre o tema (PLS 441/2012) que tramita na Comissão de Constituição,
Justiça e Cidadania (CCJ) e serviu de base para a discussão inicial sobre a
minireforma ocorrida durante reunião com os líderes partidários da Casa no dia
14.
Um dos pontos
do texto a ser arpesentado na terça-feira é ra edução do prazo das campanhas em
um mês. Em vez de começarem em junho, elas teriam partida em 5 de agosto.
Segundo o senador, essa supressão significa diminuir tempo para as despesas de
gastos com pessoal, aluguel de imóveis, aluguel de carros, carros de som, na
distribuição de material impresso.
– Quero
registrar que, mesmo havendo essa diminuição do prazo, nós não estamos
diminuindo um único dia de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na
televisão. Portanto, o espaço de televisão e rádio está preservado – ressalvou.
A proposta
também acaba com a divulgação de partidos e candidatos por meio de faixas,
cartazes, placas e pinturas de muro. Também ficará proibido o chamado
“envelopamento” de carros, a aplicação de adesivos sobre amplo espaço da parte
externa dos veículos (os adesivos terão um limite máximo).
Em relação às
convenções, que se estenderão até 31 de julho, incorporando o tempo retirado
das campanhas, Jucá sugere que as atas com os resultados estejam disponíveis
nos meios de comunicação, para publicação oficial, até 24 horas depois do
encerramento. Hoje, esse espaço de tempo é de até cinco dias e permite,
conforme o senador, “arranjos ao arrepio” do que foi decidido pela convenções,
inclusive a inclusão de candidatos.
– Ou seja, nós
estamos criando um mecanismo aqui para dar transparência e publicisar o que
efetivamente foi definido – comentou.
Além disso, a
mudança de candidatos só poderá ocorrer até 15 dias antes do pleito. O senador
lembrou que, pelas regras atuais, o candidato impugnado pode fazer campanha até
a véspera da eleição e só então troca-se o candidato, sem qualquer divulgação.
Na urna eletrônica, fica a foto “daquele candidato que já não é mais candidato,
e muitas pessoas terminam votando enganadas”, observou Jucá.
Prazos
Para que as
regras sejam aplicadas às próximas eleições, a proposta que vier a ser aprovada
precisa seguir para a Câmara dos Deputados e ser confirmada naquela Casa até 2
de outubro. Ao deixar o Plenário, o senador afirmou que, para apressar a
votação, tudo está sendo combinado com o deputado Cândido Vacarezza (PT-SP), coordenador
do Grupo de Trabalho da Reforma Política, na Câmara dos Deputados.
De acordo com
Romero Jucá, o debate conduzido pela Câmara é mais abrangente e deve ainda
durar muito tempo. Ele observou que propostas de reforma anteriormente
aprovadas pelo Senado estacionaram na Câmara, devido às divergências entre os
partidos. Por isso, defende a aprovação antecipada de pontos específicos,
sobretudo para maior clareza de procedimentos e reduzir os gastos já em 2014.
O texto que
será apresentado por Romero Jucá ainda vai ser debatido pelos partidos e,
depois, votado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), seguindo
ao Plenário e depois à Câmara.
Agência Senado
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