Cade
nega que justiça tenha autorizado liberação de documentos apreendidos
Do Jornal GGN
Em
nota oficial, divulgada nesta terça-feira (13), o Cade (Conselho Administrativo
de Defesa Econômica) desmentiu o anúncio do governador Geraldo Alckmin
(PSDB), de que teria conseguido, por meio da Justiça, a liberação de todos os
documentos sigilosos, envolvendo as investigações sobre esquemas de corrupção e
de formação de cartel para acerto em licitações no Metrô e na CPTM (Companhia
Paulista de Trens Metropolitanos).
Na
segunda-feira (12), Alckmin afirmou ter obtido "decisão judicial que
autoriza São Paulo a ter acesso a todo o processo do Metrô que está no Cade”.
Na página oficial do governo do estado, a informação é de que a Justiça
"atendeu a íntegra" do que foi solicitado, o que incluiria o material
sigiloso. Ocorre que, até o momento, segundo o conselho, o estado de São Paulo
teve acesso apenas a documentos que são públicos e que podem ser consultados
por qualquer cidadão na 3aVara Federal de São Bernardo.
Confidencial
Na verdade, a liberação foi parcial. A nota diz que o juiz Antonio André Muniz Mascarenhas de Souza, da 3a Vara Federal de São Bernardo, manteve o sigilo sobre os documentos que são objeto de busca e apreensão relacionados ao caso. “A decisão foi favorável ao Cade, e determinou também a publicidade do acordo de leniência e dos documentos que instruíram o pedido de busca e apreensão. No entanto, a sentença manteve confidenciais os documentos obtidos pelo Cade na busca conduzida por esta autarquia em 4 de julho”.
Na verdade, a liberação foi parcial. A nota diz que o juiz Antonio André Muniz Mascarenhas de Souza, da 3a Vara Federal de São Bernardo, manteve o sigilo sobre os documentos que são objeto de busca e apreensão relacionados ao caso. “A decisão foi favorável ao Cade, e determinou também a publicidade do acordo de leniência e dos documentos que instruíram o pedido de busca e apreensão. No entanto, a sentença manteve confidenciais os documentos obtidos pelo Cade na busca conduzida por esta autarquia em 4 de julho”.
Em sua
sentença, o juiz Mascarenhas de Souza considera procedente o pedido do estado
de São Paulo para liberação dos autos em nome do "interesse público à
informação". Por outro lado, para preservar as investigações, o magistrado
decretou "o sigilo apenas dos documentos buscados e apreendidos [pelo
Cade]" no processo. Ou seja, o material apreendido, fundamental às
apurações, continua confidencial.
As
investigações apuram formação de cartel entre as empresas Alstom, Bombardier,
CAF, Siemens, TTrans e Mitsui, entre outras, envolvendo superfaturamento nos
preços, pagamento de propinas e fraude em licitações. O cartel foi denunciado
pela Siemens, que assinou, com o Cade, um acordo de leniência para obter alguns
benefícios em eventuais processos decorrentes da denúncia.
Com informações da Rede Brasil
Atual e Cade
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