A Odebrecht informa: sai Maracanã, entra...
Há um bilhão e duzentos milhões de reais atrás, faltou aos idealizadores do Novo Maracanã formular duas perguntas bastante singelas: depois de cumprir todas as exigências da Fifa para a Copa do Mundo de 2014, o que seria feito do estádio? E os clubes cariocas, ou – pela lógica empresarial – os clientes, do que gostariam? Para qualquer planejamento essas respostas seriam cruciais.
Mas nada disso foi considerado e o padrão Fifa foi imposto sem reservas. Afinal, Joseph Blatter, Jerôme Valcke e os demais cartolas da federação internacional deviam saber muito bem o que era melhor para o Rio e para o Maracanã. Nada de amendoim torrado e laranja descascada aos pés do Bellini. O novo estádio teria que ser “clean”, com cadeiras confortáveis, cobertura especial, estacionamentos, lojinhas, camarotes refrigerados, telões de lâmpada LED... Quem não gosta? O preço de tudo, apenas um detalhe.
Outros custos também foram desprezados, como o da redução drástica da capacidade de público.
Que importância teria se nunca mais o carioca assistisse aos espetáculos à parte das arquibancadas lotadas em partidas de futebol com mais de 100 mil torcedores? E que importância teria se cariocas mais humildes não pudessem mais levar seus filhos ao “Maraca”?
Mas essa turma de executivos do esporte e o “CEO” (dirigente) do Novo Estádio Mário Filho – nome oficial do Maracanã – ou, quem sabe, do “Mario Son”, juntamente com sua Diretoria de Gestão, Planejamento, Modernização e Produtividade esqueceram-se de combinar seus planos geniais com um beque que pode fazer a maior diferença, o popular Flamengo.
Apesar de o Fluminense já ter cedido, o rubro-negro recusa-se a aderir ao negócio do consórcio da Construtora Odebrecht com o empresário Eike Batista. A nova diretoria do clube sabe exatamente o valor da marca do clube e o Flamengo pode virar esse jogo, esperemos, em favor de sua grande torcida e do restante da população do Rio, minimizando a perda daquele Maracanã que, infelizmente, não existe mais.
Do GGN
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Dag Vulpi