O
avanço social exige reformas. Se ela não as realiza, fracassa
Nao e a toa que Joaquim Barbosa defende a candidatura
avulsa
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Por Mauricio Dias,
no site da Carta capital.
Nos próximos
dias, novas pesquisas indicarão se Dilma Rousseff desceu mais a ladeira da
intenção de voto e a da aprovação do governo. No primeiro caso, uma nova queda
a deixará abaixo do patamar histórico do PT nas eleições presidenciais, quase
sempre em torno de 30%. Essa situação poderia provocar uma desavença interna
difícil entre os petistas sobre a candidatura dela em 2014.
Dilma não
acredita em inferno astral. Mas há quem creia nisso, ao levar em conta o ciclo
de problemas do governo conjugado à crise mundial e às conjecturas da oposição
projetadas pela mídia: inflação, PIB, queda na produção industrial etc.
Juntadas as coisas forma-se a poção do diabo: Dilma seria um fracasso como
gestora.
A afirmação
desconsidera que ao longo do mandato de dois anos e meio ela obteve aprovação
estratosférica. Os números baixaram nesse quesito após a onda de manifestações.
“Dilma não fracassou. As políticas de inclusão dos governos do PT geraram uma
demanda por serviços públicos inexistentes no Brasil até Lula. Com isso, um
contingente enorme da população passou a ter direitos e a exigi-los, gerando, a
um só tempo, uma sociedade de massa. Uma democracia precisa de atendimento de
qualidade”, analisa Luiz Moreira, constitucionalista e professor de Teoria
Geral do Estado.
São
necessários padrões muito superiores ao que se oferece na saúde, educação,
segurança e transportes. “Essas questões devem ser tratadas como prioridade das
políticas públicas”, afirma Moreira.
Ele retoma o
raciocínio: “O paradigma da administração pública é travado. Impede que o
Estado seja o grande maestro do desenvolvimento e da justiça social. O serviço
público é regido por uma lógica que não dá prioridade à criatividade, pois se
encontra submetido a amarras jurídicas que fazem com que as coisas permaneçam
como estão”.
Eis o dilema:
“Como oferecer serviço público de qualidade para 200 milhões? O atual marco
jurídico da gestão pública é incapaz de responder a essa questão. O
direito administrativo segue um paradigma antigo, segundo o qual, por não serem
legítimas, as políticas públicas eram boicotadas pelos órgãos de
controle. Apostava-se que a sociedade se desenvolveria e produziria justiça
social na exata medida de ausência do Estado”. “Nessa linha, o modelo de gestão
da iniciativa privada submeteria o da administração pública, provocando
sabotagem da iniciativa estatal promotora do desenvolvimento social.”
“Somente a
política é capaz de gerar essa modificação no estatuto da administração pública
e não cabe ao direito impedir que os brasileiros tenham acesso a esses bens culturais,
antes reservados a um terço da população”, lembra.
Por trás dessa
afirmação há um desafio: “O modelo implementado por Dilma exige transformações
na gestão pública”, diz Moreira.
Ou ela faz ou
ela fracassa.
A
Mosca picou Joaquim I
Cresce o
sentimento no Supremo Tribunal Federal de que o ministro Joaquim Barbosa está
contaminado pela mosca azul da política e deixará o cargo antes dos dois anos
legais.
A contaminação
cresceu desde que a pesquisa Datafolha apontou que ele obteve 15% das intenções
de voto para presidente. Nada mal.
JB tem um
tempo longo para decidir. Pela função que ocupa, poderá tomar decisão até abril
de 2014. Nesse período, ficará de olho nos resultados das pesquisas.
JB agora é
presença obrigatória nelas.
A
Mosca picou Joaquim II
Outro problema
dele é a opção partidária.
Não por acaso,
JB defende a candidatura avulsa. Por esse caminho, porém, está fadado a optar
por um desses partidos que publicamente menospreza.
No entanto,
caso se aproxime de um deles, poderá se enfraquecer aos olhos daquele eleitor
que, hipocritamente, despreza a política.
Uma situação
similar à que ocorre com o Super-Homem perto de kriptonita
verde.
Reforma
de novo
Reforma
política no Brasil, pela demora, tem semelhança com obras de igreja.
No caso da
igreja, lá pelas tantas, a obra é resolvida por ação divina. Como na reforma
política a ação depende dos próprios atores, não há espaço para milagres.
No fim de
1994, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Carlos Mário
Velloso, montou uma comissão de constitucionalistas com o objetivo de elaborar
uma proposta ampla de reforma política.
Após meses de
reuniões e debates, a comissão entregou a Velloso, que enviou ao Congresso, um
estudo avaliado como completo para as necessidades do País.
No capítulo
eleitoral, o documento propunha o voto distrital misto, um dos grandes pontos
de discórdia até hoje.
Nada saiu do
papel quase 20 anos depois.
De
quem é Temer?
Ao indicar
Michel Temer para a Vice-Presidência em aliança com o PT, o PMDB esperava ter
um representante do partido no segundo maior posto da administração.
Dilma, ao
contrário, contava ter um representante do governo no segundo maior partido do
Congresso.
Não
deu uma coisa nem outra.
Temer não tem
força no governo e perdeu a que tinha como presidente do PMDB.
Quem manda
hoje é o deputado Eduardo Cunha, líder do partido, cuja folha de serviços
dispensa apresentação.
Desfeito
o malfeito
Roseana
Sarney, governadora do Maranhão, reagiu tarde demais.
Ela extinguiu,
no sábado 6, o Conselho de Gestão das Macropolíticas do estado, “abrigo”
de aliados derrotados em eleições passadas.
Àquela altura
havia uma procissão de manifestantes, para cá e para lá, defronte à casa do
pai, o ex-presidente José Sarney.
Não se sabe
como, quando e onde era possível reunir 206 conselheiros que recebiam 5,8 mil
reais por sessão.
Semântica
classista
Os ricos
chamam de custo de vida aquilo que a classe média denomina como inflação e os
pobres excomungam como carestia.
São muitos os
nomes. Mas o dragão é um só.
Caro Dag Vulpi... A meu ver, a carta capital não focou adequadamente o problema da gestora. O problema não é só dela. A gestora não está à altura do problema que é muito maior do que a crise mundial ou a crise interna. O problema é que o povo inteiro está farto de corrupção. Junte corrupção com crise econômica mundial e não pode dar bons resultados. O governo como um todo não tem a mínima condição de enfrentar uma CRISE DE CONFIANÇA GERAL... Foi por isso que me levantei de minha confortável poltrona da Democracia Participativa e , constatando que corruptos não largarão os seus assentos de assinar verbas e distribuir cargos que gerem verbas, pedi a intervenção das forças armadas para garantir a democracia. Sem opções, o governo atual não é democrata. Eles mandam, e nem procuram saber o que a população quer... Veja em
ResponderExcluirhttp://conscienciademocrata.no.comunidades.net/index.php?pagina=1292388018.....
Deixo-lhe o abraço de costume