Por Antonio Tozzi no
site Direto da Direção
A tarifa do
ônibus subiu 20 centavos em São Paulo. Este foi o mote para um grupo de
protestantes sair pela cidade quebrando tudo e fazendo protestos nas principais
artérias da maior cidade da América do Sul. Na teoria, isto seria um movimento
em prol dos mais carentes, uma vez que mesmo um pequeno aumento pode causar um
grande rombo nos orçamentos esquálidos da população menos favorecida.
E o movimento
não está limitado a São Paulo. Ele vem sendo replicado no Rio de Janeiro,
também com os mesmos argumentos. Isto vem causando problemas para as duas
principais cidades do país, complicando o tráfego, obrigando os comerciantes a
fecharem suas portas, causando prejuízos e amedrontando os demais
trabalhadores.
Agora, com o
início da Copa das Confederações, surgiu um grupo de manifestantes contra a
realização deste evento esportivo e também da Copa do Mundo no ano que vem. E
eles não se esquivaram dos enfrentamentos, sobretudo em Brasília, onde fizeram
uma barragem de pneus, tocaram fogo e atiraram pedras nos policiais.
Logicamente,
houve reação das forças policiais e eles baixaram o cacete nos manifestantes.
Vale lembrar que a polícia de Brasília responde a Agnelo Queiroz governador de
Brasília, comunista convicto, e filiado ao Partido dos Trabalhadores. Para ser
justo, a polícia paulista do governador Geraldo Alckmin, do PSDB, também não
economizou borrachadas (até mesmo em repórteres), assim como os agentes da ordem
do Rio de Janeiro, do peemebista Sérgio Cabral.
Mas quem são
esses manifestantes? Quem está no comando desses movimentos? Difícil
identificar, até mesmo porque eles vão às manifestações com os rostos cobertos
e agitam bandeiras de partidos de ultraesquerda. Ora, na cabeça desse pessoal,
PSDB, PMDB e PT não passam de partidos burgueses que querem manter o statu quo
e se curvam às exigências dos capitalistas. Não foi à toa que Dilma Rousseff
tomou uma sonora vaia na abertura da Copa das Confederações em Brasília a ponto
de o presidente da Fifa, Joseph Blatter, admoestar os torcedores pela falta de
educação.
Pessoalmente,
considero mesmo uma deselegância vaiar a presidente na abertura de um evento
internacional. Os idiotas da objetividade dirão que os torcedores que vaiaram
Dilma não passam de brancos riquinhos que podem pagar os preços salgados dos
ingressos cobrados pela Fifa. Será mesmo? Esta é uma análise simplista. A
verdade é que a população brasileira está cansada da falta de decisão dos
governantes brasileiros, sobretudo na questão de segurança pública e do
descontrole da inflação que tem inclusive afugentado investidores, mas a
presidente teima em negar.
A verdade é
que esses movimentos são inspirados nos movimentos ocorridos em outros países,
como o quebra-quebra havido em Seattle (EUA) em novembro de 2011, quando houve
a realização do encontro de banqueiros. Manifestações similares verificaram-se
em outras cidades europeias, sobretudo na Suíça.
Com a ajuda
internacional e com a cabeça revolucionária, formou-se um caldeirão difícil de
se controlar. Hoje, por mais que os petistas discordem, PT é visto como um
partido da burguesia, portanto, inimigo desta turma, que antes eram aliados.
A indignação
pôde ser sentida até mesmo nas declarações de Fernando Haddad, prefeito petista
de São Paulo: “Fizemos o máximo para que o reajuste das tarifas dos transportes
urbanos causasse o menor impacto possível sobre os trabalhadores, com o
reajuste abaixo da taxa da inflação e fomos surpreeendidos com esta reação sem
sentido”.
Ele comparou
até mesmo seus tempos de estudantes quando, juntamente com muitos
manifestantes, saiu às ruas para lutar contra a ditadura e pelas eleições
diretas para presidente da República. “Agora, estamos abertos ao diálogo,
mas eles se recusam a conversar. Afinal o que querem estes manifestantes?”
Possivelmente,
prefeito, eles querem instaurar no Brasil um clima de insegurança pessoal e
prejudicar ainda mais a recuperação econômica do país para, quem sabe, chocar o
ovo da serpente de uma revolução social.
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