Embora
faltando mais de um ano para as eleições de 2014, o clima eleitoral também
predominou no seminário de comemoração dos 10 anos de governo petista no
Brasil. O primeiro a dar o tom de campanha do evento foi o ex-presidente Lula.
"Você, Dilma, tem que governar, mas nós falamos de tua reeleição. Eu já
tomei '10 paus' de multa, mas não vou deixar de falar. Tratem de fazer a
vaquinha para pagar minhas novas multas", disse, para depois convocar o PT
a discutir sua política de alianças.
"Temos
que continuar a fazer o que estamos fazendo. Não podemos baixar a cabeça às
agressões de nossos adversários e também temos que saber fazer as alianças
políticas certas para ganhar as eleições. Seria ideal chapa puro sangue, só do
PT, da esquerda do PT, da ultra esquerda do PT, mas temos que fazer aliança no
PT entre a direita a esquerda do PT, e depois, com outros partidos. A sociedade
não é petista, é heterogênea. Se ainda não é momento de fazer campanha, é de
construir a solidez da base para ganharmos a eleição", disse o
ex-presidente.
Lula também
ironizou a recente queda de popularidade da presidente Dilma Rousseff. "É
calro que caiu. Uma hora tinha que cair, senão ia passar de 100%", e
brincou com as insinuações de que ele a pressiona em certas ocasiões quando
procura a presidente para tratar de algum problema. "Vou procurar quem, o
José Serra? Não há hipótese de haver divergência entre eu e a Dilma. Se um dia
a gente divergir, ela está certa, eu estou errado e acabou a divergência".
O ministro das
Comunicações, Paulo Bernardo, também analisou os números da popularidade de
Dilma. "É uma queda normal, nem adianta a oposição se animar, pois ela
caiu, mas ninguém subiu, está tudo igual. E, se compararmos, o Fernando
Henrique tinha 16 pontos a menos de popularidade que a Dilma tem agora no mesmo
momento de seu primeiro governo. O Lula, tinha 20 pontos a menos. E os dois
foram reeleitos".
Bernardo
também comentou a provável candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo
Campos (PSB). "Ele é nosso aliado, foi ministro do Lula junto comigo.
Acompanhando de longe, parece que ele quer ser candidato, e é legítimo que
seja. Se for, será nosso adversário eleitoral, mas continuará nosso
amigo", declarou. Bernardo também confirmou a possibilidade de sua mulher,
a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, disputar o governo do Paraná.
"É possível, mas não tem nada decidido. Tem muita gente impaciente, mas
ela ainda tem que conversar com a presidente Dilma".
Terra
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