Repórter
levou tiro de bala de borracha da PM no olho esquerdo e teve fratura na órbita
ocular
O fotógrafo
Sérgio Silva, da agência Futura Press, que foi atingido no olho esquerdo por um
tiro de bala de borracha disparado pela Polícia Militar durante o protesto de
quinta-feira em São Paulo, tem poucas chances de recuperar a visão. Segundo a
mulher dele, a jornalista Kátia Passos, "o caso dele é bastante
grave". "Os médicos acham que, mesmo se fizesse agora uma cirurgia,
pode até piorar a pequena acuidade visual que ele ainda tem. Mas a chance de
ele recuperar (a visão) é mínima", disse ela.
Sérgio está
internado no hospital H. Olhos (Hospital de Olhos Paulista), no bairro Paraíso,
em São Paulo, e está consciente. Na noite de quinta-feira, ele trabalhava na
cobertura do protesto contra o aumento da tarifa de transporte público quando
foi ferido por uma bala de borracha, na rua da Consolação. "Ele foi
socorrido por um professor que estava na manifestação, que o levou para o
Hospital Nove de Julho", disse Kátia. Ainda na noite de ontem, Sérgio foi
transferido ao H. Olhos.
O boletim
médico do fotógrafo foi divulgado nesta sexta-feira, e diz que ele sofreu
"lesões oculares e fratura de órbita". O documento, no entanto, diz
que "não é possível afirmar o prognóstico visual". A mulher dele
aguarda a opinião de outros especialistas para decidir quais procedimentos podem
ser feitos.
Kátia lamentou
o fato de que Sérgio pode não ter condições de voltar a trabalhar como
fotógrafo. "Provavelmente não haverá condição de retornar (ao trabalho
como fotógrafo). Pelo menos eu não conheço nenhum fotógrafo que consiga
fotografar com um olho só", disse ela.
Terra
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