A Organização
dos Estados Americanos (OEA) entregou na noite do dia 17, na Colômbia, um
relatório sobre as drogas na região, em que são apresentados novos cenários
para lidar com o problema, entre eles a despenalização do consumo drogas.
O presidente
colombiano, Juan Manuel Santos, recebeu o relatório do secretário-geral do
organismo multilateral, José Miguel Insulza. “O que queremos e temos que fazer
é usar estudos sérios e ponderados como o que nos apresentou a OEA para
encontrar melhores soluções”, destacou o presidente durante a cerimônia.
O relatório
será analisado pelo governo colombiano e levado para ser discutido na próxima
Assembleia Geral do organismo, que ocorrerá em junho na Guatemala.
Insulza também
destacou que o estudo aborda de maneira inédita, algumas possibilidades para
discussão (entre elas a despenalização ou liberação do uso de drogas).
“Temos em
nossas mãos novos elementos de juízo e de política, que não são soluções únicas
ou mágicas – isso nós sabemos – mas que nos ajudariam a guiar a discussão,
respeitando a diversidade de cada país, cada problemática e cada solução”,
disse o secretário-geral.
O conteúdo completo do estudo ainda não foi divulgado, mas o documento é composto de duas partes, uma de análise pontual do problema das drogas atualmente, e outra que fornece possíveis alternativas e cenários para lidar com a questão.
“Os quatro
cenários que o relatório apresenta nos permitem analisar o tema das drogas com
projeções do que pode ocorrer no futuro, mas não são recomendações ou
prognósticos. São opções realistas, alheias a preconceitos ou dogmas”, destacou
o presidente colombiano.
Santos tem
tido uma postura pró-despenalização do consumo. No ano passado, durante a
Cúpula das Américas que ocorreu em Cartagena, ele levantou o assunto e defendeu
que os países estudassem “novos caminhos” para lidar com o problema.
“Todos temos as
mesmas metas: que as mortes e a violência provocadas pelo narcotráfico
diminuam, que se reduza o consumo de drogas ilícitas e que os criminosos deixem
de lucrar com o tráfico de drogas”, explicou.
O documento
será estudado também na 7ª Reunião Anual da Sociedade Internacional para o
Estudo da Política de Drogas, que está ocorrendo na Colômbia, com a presença de
especialistas de 140 países.
Além do debate
sobre o tema previsto para a Assembleia Geral da OEA, em junho, o presidente
colombiano disse que levará o documento para a próxima Cúpula da Aliança do
Pacífico (Colômbia, Chile, México, Peru) que ocorrerá na próxima semana, na
cidade de Cali, Sudoeste colombiano. O evento terá presença dos presidentes dos
quatro países que compõem esse bloco de integração.
Via Facebook...
ResponderExcluirQue os traficantes parem de lucrar com vendas de drogas; e esse lucro passe para as mãos do governo através de impostos que certamente ira arrecadar, pois se for legalizado, vai ter pessoas autorizadas para vender, e por consequentemente terá de pagar impostos. Quer dizer: A saúde do drogado é o que menos importa, e sim quem vai ter lucro. kkkkkkkk
Mauro Viguini