No Chile, o
juiz Álvaro Mesa Latorre, do Tribunal de Apelação de Temuco, acusou 15
militares da Força Aérea pelo envolvimento no assassinato e tortura de
opositores da ditadura, em 1973. Latorre acusa os oficiais de serem autores ou
cúmplices dos crimes investigados. Ele determinou que permaneçam em prisão
preventiva. A cidade de Temuco fica a 672 quilômetros de Santiago, a capital do
país.
No período
entre 1973 e 1990, mais de 3.200 chilenos morreram nas mãos de agentes do
Estado e, deles, 1.192 continuam desaparecidos. Advogados de defesa dos
militares disseram que vão recorrer da prisão preventiva decretada pelo juiz.
Dos 15
acusados, 11 estão em prisão preventiva desde o dia 24. Joseph Beraud, um dos
advogados do processo, comemorou a decisão do juiz. “O magistrado conseguiu
comprovar a participação dessas pessoas”, disse.
Segundo a
resolução do juiz, os 15 oficiais estão envolvidos na execução sumária e
posterior desaparecimento do médico Hernán Henríquez Aravena e do enfermeiro
Alejandro Flores Rivera, assassinados em 2 de outubro de 1973 na Base Aérea
Maquehue, nos arredores de Temuco.
Hernán
Henríquez era o diretor do Serviço Nacional de Saúde das províncias de Malleco
e Alejandro Flores. Rivera era o presidente regional da Federação dos
Trabalhadores na Saúde. Os militares também foram acusados de crime de tortura
de outros três opositores à ditadura de Augusto Pinochet.
Emilio
Sandoval Poo, um dos acusados, foi julgado à revelia e condenado a 15 anos de
prisão em novembro de 2011 pela Justiça da França pelo desaparecimento do
sacerdote francês Étienne Pesle Menil, detido em Temuco em 1973.
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