Segundo
a polícia, o suspeito e a mãe da vítima confessaram manter um caso há quatro
anos
O
delegado-chefe da 17ª Subdivisão Policial de Apucarana, no Paraná, Ítalo Sega,
entregou na sexta-feira (17) à Justiça o inquérito que investiga o caso do
homem suspeito de matar a mulher, a comerciante Jéssica Carline Ananias da
Costa, 22 anos, e tentar forjar um latrocínio (roubo seguido de morte), para
ficar com a sogra, Célia Forti, 48 anos, na cidade.
Segundo o
delegado, o bacharel em Direito Bruno José da Costa, 26 anos, chamou a polícia
no último dia 9, por volta de 3h, afirmando que sua esposa havia sido morta
após um assalto na casa onde moravam os dois e a filha do casal, de 4
anos.
Ao chegar ao local,
os policiais encontraram Jéssica amarrada e morta, com golpes de faca, no
banheiro. Bruno afirmou que foi rendido quando deixava a residência para uma
viagem ao Paraguai. Segundo ele, seu carro e uma quantia em dinheiro foram
levados pelo assaltante.
De acordo com
o delegado, o fato de Jéssica ter levado 25 facadas chamou a atenção da
polícia, que passou a desconfiar da história contada por Bruno. Questionado
pelos investigadores, ele afirmou manter um caso de quatro anos com a mãe da
vítima, confessou o crime e a tentativa de forjar um latrocínio. Além disso, o
suspeito disse que Célia sabia que ele mataria sua filha.
Após a
confissão de Bruno, a polícia localizou e prendeu em flagrante Bruno Cesar
Albino e Gelson Sabino da Silva, que ajudaram o suspeito a simular o crime.
“Eles não tiveram participação na morte da vítima, mas ajudaram o Bruno a
simular a situação, levaram o carro dele para que ele pudesse dizer que foi
roubado”, afirmou Ítalo.
A mãe da
vítima foi presa depois de passado o período de flagrante. Ela confessou o caso
com seu genro, mas negou saber que ele cometeria o crime. Na acareação
realizada pelos investigadores entre ela e Bruno, ela continuou negando saber
que ele cometeria o crime, enquanto o suspeito manteve também sua versão.
“Acreditamos
que ela (Célia) soubesse sim. Tanto é que, no dia do crime, a filha dos dois
(Bruno e Jéssica) passou a noite na casa dela”, afirmou o delegado.
Bruno foi
indiciado por homicídio qualificado e Gelson, Bruno Cesar Albino e Célia como
coautores do crime.
Caso
já havia sido descoberto
De acordo com o delegado, o caso entre Bruno e Célia havia sido descoberto pela vítima em janeiro deste ano. A comerciante e o suspeito passaram cerca de 20 dias separados, mas reataram a relação.
Os três
homens, presos em flagrante seguem presos. Já Célia, indiciada, responderá ao
processo em liberdade.
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Dag Vulpi