O
Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado no reajuste de aluguéis, teve
variação de 0,15% em abril, ante 0,21% em março, segundo levantamento do
Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV). Em
abril do ano passado, houve variação de 0,85%. No acumulado deste ano, o índice
chega a 0,98% e, em 12 meses, a 7,3%.
O
Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que corresponde a 60% do IGP-M,
apresentou taxa de variação de -0,12%. No mês anterior, a taxa ficou em 0,01%.
O índice relativo aos bens finais variou 0,86% em abril, ante 1% em março.
Contribuiu para a redução o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou
de 7,89% para 6,19%.
Já
o índice referente ao grupo bens intermediários variou -0,19%. Em março, essa
taxa ficou em -0,28%. O subgrupo materiais e componentes para a manufatura
registrou acréscimo, passando de -1,14% para -0,78%, sendo o principal
responsável pela alta do grupo.
O
índice de matérias-primas brutas variou -1,2% em abril. No mês de março, houve
variação de -0,78%. Os principais responsáveis pelo decréscimo foram os itens:
milho em grão (de -3,36% para -10,21%), aves (de -1,18% para -8,84%) e
cana-de-açúcar (de 0,29% para -1,4%). Registraram aumento da taxa itens como
minério de ferro (de 5,88% para 8,33%), mandioca (de -9,94% para -1,96%) e café
em grão (de -5,91% para -1,24%).
Quanto
ao Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do IGP-M, houve
variação de 0,6% em abril, ante 0,72%, em março. A principal contribuição para
o decréscimo da taxa partiu do grupo transportes (de 0,61% para 0,26%). Nessa
classe de despesa, a gasolina passou de 2,17% para -0,38%.
O
Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que representa 10% da taxa
global, registrou em abril variação de 0,84%, acima do resultado de março,
0,28%. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços registrou
variação de 0,5%. No mês anterior, a taxa havia sido 0,42%. O índice que
representa o custo da mão de obra variou 1,15%. Na apuração do mês anterior, o
índice ficou em 0,14%.
Analistas ajustam para 5,71% estimativa de inflação
oficial em 2013
Analistas
do mercado financeiro ajustaram a projeção para a inflação oficial, medida pelo
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 5,70% para 5,71% em
2013. Essa é a mediana (que desconsidera extremos nas projeções) das
expectativas das instituições financeiras pesquisadas todas as semanas pelo
Banco Central (BC). Para 2014, a projeção para o IPCA permanece em 5,71%.
As
projeções para a inflação neste ano e em 2014 estão acima do centro da meta de
4,5% e abaixo do limite superior (6,5%). Uma das funções do BC é fazer com que
a inflação convirja para a meta. Para isso, o BC usa como principal instrumento
a taxa básica de juros, a Selic.
Na
última quinta-feira (25), o diretor de Política Econômica do BC, Carlos
Hamilton Vasconcelos Araújo,disse que cresce a convicção de que o Comitê de
Política Monetária (Copom) poderá “ser instado a refletir sobre a possibilidade
de intensificar o uso do instrumento de política monetária [da taxa Selic]”.
Já
na ata da reunião do Copom, divulgada também na quinta-feira, a avaliação do
colegiado é que a inflação mostra resistência, mas “incertezas internas e,
principalmente, externas cercam o cenário prospectivo para a inflação e recomendam
que a política monetária [definição da Selic] seja administrada com cautela”.
No
último dia 17, o comitê decidiu, por 6 votos a favor, elevar a taxa Selic em
0,25 ponto percentual, para 7,5% ao ano. Araújo foi um dos diretores que
votaram pelo aumento da Selic. Apenas dois diretores votaram pela manutenção da
Selic em 7,25% ao ano.
De
acordo com a ata da reunião do Copom, o colegiado entendeu que havia
necessidade de elevar a taxa Selic para neutralizar os riscos de que a inflação
continue alta, principalmente no próximo ano. Entretanto, para os dois
diretores, que votaram pela manutenção, não seria recomendável um aumento
imediato da Selic, porque está em curso uma reavaliação do crescimento global e
isso pode trazer repercussões favoráveis para a dinâmica dos preços no país.
Mas essa análise não foi respaldada pela maioria do colegiado.
No
discurso na semana passada, o diretor disse que o BC “dispõe – e está fazendo
uso – do instrumento de política [taxa Selic], que, por excelência, destina-se
a combater a inflação e o faz com eficácia”. Araújo ressaltou que, embora
reconheça que a inflação e as projeções para os preços estejam elevados, não há
descontrole. “Vou discordar daqueles que argumentam que a inflação no Brasil
está fora do controle. Não está e nem estará”, enfatizou.
De
acordo com a pesquisa do BC, os analistas do mercado financeiro esperam mais
elevações na Selic, que deve encerrar 2013 em 8,25% ao ano. Para o final de
2014, a estimativa foi reduzida de 8,50% para 8,25% ao ano.
A
pesquisa do BC também traz estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que foi mantida em
5,12%, em 2013, e em 5%, no próximo ano. A expectativa para o Índice Geral de
Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) foi ajustada de 4,80% para 4,81%,
este ano, e mantida em 5,10%, em 2014. Para o Índice Geral de Preços de Mercado
(IGP-M), a estimativa passou de 4,91% para 4,92%, este ano, e de 5,30 para
5,31%, em 2014.
A
expectativa dos analistas para os preços administrados foi mantida em 2,85%, em
2013, e ajustada de 4% para 4,10%, no próximo ano.
Mercado financeiro mantém projeção de crescimento da
economia este ano em 3%
A
estimativa de analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central
(BC) para o crescimento da economia – Produto Interno Bruto (PIB) – este ano é
mantida em 3%, há três semanas seguidas. Para 2014, segue a mesma estimativa
(3,5%), há sete semanas consecutivas.
A
expectativa para o crescimento da produção industrial passou de 2,86% para
2,83%, este ano, e foi mantida em 3,75%, em 2014.
A
projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB segue
em 34,5%, em 2013, e foi ajustada de 33,5% para 33,9%, para o próximo ano.
A
expectativa para a cotação do dólar permanece em R$ 2, ao final deste ano, e em
R$ 2,05, no fim de 2014. A previsão para o superávit comercial (saldo positivo
de exportações menos importações) foi ajustada de US$ 10,6 bilhões para US$
10,25 bilhões, este ano, de US$ 11,3 bilhões para US$ 11,05 bilhões, em 2014.
Para
o déficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de
mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), a estimativa passou de US$
68,66 bilhões para US$ 70 bilhões, neste ano, e de US$ 73,95 bilhões para US$
73,3 bilhões, em 2014.
A
expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o
setor produtivo do país) foi mantida em US$ 60 bilhões, tanto para este ano
quanto para 2014.
Receita espera receber quase 6 milhões de declarações
até a meia noite de amanhã
O
prazo para a entrega da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2013
termina amanhã as 23h59min59s (horário de Brasília). Até as 10h00,
aproximadamente 20 milhões de contribuintes (20.052.542) já tinham enviado as
informações. Neste ano, o Fisco espera receber mais de 26 milhões de
declarações, ante 25.244.122 do ano passado.
As
declarações podem ser enviadas por meio da internet ou entregues em disquetes
nas agências da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, no horário de
funcionamento regular. O programa de computador gerador da declaração
está disponível na página da Receita Federal desde 25 de fevereiro. Para transmitir
a declaração, é preciso instalar também o Receitanet, que pode ser baixado no
mesmo endereço.
Neste
ano, pela primeira vez, será possível enviar as informações também por meio de tablets e smartphonesque
tenham os sistemas operacionais Android (Google) e iOS (Apple).
Mas não são todos os casos. De acordo com a Receita, não podem usar esses
aplicativos, por exemplo, os contribuintes que receberam rendimentos de pessoa
física, os que estejam obrigados a declarar dívidas e ônus reais, os que
auferiram ganho de capital, os que tenham recebido determinados tipos de
rendimentos isentos ou com tributação exclusiva. A relação completa dos casos
de impedimentos está na Instrução Normativa 1.339.
A
Receita publicou um passo
a passo na internet com os procedimentos para a entrega da declaração.
Está disponível ainda um manual com perguntas e respostas sobre o preenchimento
do documento. As regras para a entrega da declaração estão na Instrução Normativa 1.333.
Arrecadação teve queda real de 9,32% em março
A
arrecadação de impostos e contribuições federais teve queda real [corrigida
pela inflação] de 9,32% em março ante o mesmo período de 2012, somando, em
termos nominais, R$ 79,613 bilhões. No acumulado do ano, a arrecadação somou R$
271,731 bilhões, com queda real de 0,48%.
De
acordo com informações divulgadas pela Receita Federal, entre outros fatores,
influenciaram o resultado negativo de março, nas receitas administradas, a
redução na arrecadação do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) relativo ao ajuste anual,
principalmente no setor financeiro.
As
desonerações tributárias empregadas pelo governo para enfrentar a crise e
aquecer a economia também tiveram impacto no resultado, especialmente na folha
de pagamento, na Cide-Combustívieis, no IPI-Automóveis e no IOF-Crédito Pessoa
Física.
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