O debate sobre a maioridade penal retornou à pauta desde a morte do universitário Victor Hugo Deppman, 19 anos, morto na porta de casa por um adolescente no último dia 9, durante um assalto em São Paulo. O suspeito de ter cometido o crime estava às vésperas de completar 18 anos. "Hoje o menor não tem medo porque sabe que não vai acontecer nada com ele. Esse animal em seis meses está na rua", lamentou a mãe do universitário morto, Marisa Deppman, durante o programa Encontro de Fátima Bernardes.
Advogada, a mãe de Victor contou que sempre foi a favor da redução da maioridade penal e passou a defender a causa com ênfase após a morte do filho. "Estamos em casa e perguntei: 'e aí? O que a gente vai fazer agora?' Preciso ter uma motivação para viver", contou. Ao lado do marido José Valdir, de familiares e amigos, lançaram uma petição online para reunir assinaturas e mobilizar a população para fazer com que a discussão sobre o assunto chegue à Câmara dos Deputados, em Brasília. "Meu filho foi executado porque foi um crime hediondo. Se fosse um adulto, ele (o suspeito de ter cometido o crime) não ia nem ter direito a estar em liberdade em três anos porque o que ele cometeu foi um crime hediondo", enfatizou.
Morto na porta de casa
O estudante de Rádio e TV Victor Hugo Deppman, 19 anos, foi abordado, na noite de 9 de abril, por um adolescente armado na rua Herval, no Belém. Sem reagir, Victor entregou o celular ao suspeito. Durante a ação, com a dificuldade em tirar a mochila da vítima, o infrator acabou disparando contra o universitário.
O único tiro acertou a cabeça do jovem. Segundo informações da Polícia Militar, o jovem chegou a ser encaminhado ao pronto-socorro do Hospital Santa Virgínia, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Victor estudava na Faculdade Cásper Líbero e fazia estágio na RedeTV!, em Osasco, na Grande São Paulo.
O caso foi registrado como latrocínio (roubo seguido de morte) na Central de Flagrantes do 31º DP, na Vila Carrão e encaminhado para o 81º DP, do Belém.
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