Vaticano – Pelo menos sete cardeais
são apontados pelos vaticanistas, os especialistas em Vaticano, e pela imprensa
italiana e estrangeira com possibilidades de suceder o papa emérito Bento XVI.
Na relação estão um brasileiro, um húngaro, um canadense, dois italianos e dois
norte-americanos. Todos são considerados conservadores, mas cada um dispõe de
características singulares que o diferenciam dos demais.
A seguir, os perfis dos cardeais
Odilo Scherer (brasileiro), Gianfranco Ravasi (italiano), Angelo Scola
(italiano), Péter Erdo (húngaro), Marc Ouellet (canadense), Timothy Dolan
(norte-americano) e Sean Patrick O' Malley.
Odilo Pedro Scherer, de 63 anos,
(brasileiro) – arcebispo de São Paulo
Nasceu em uma família de 13 filhos,
de pais descendentes de alemães, radicados no interior do Rio Grande do Sul.
Desde cedo, demonstrou vocacão para o sacerdócio, estudando em seminários no
Sul do país. Fez mestrado em filosofia e doutorado em teologia. Fala vários
idiomas, entre eles o alemão, italiano e latim.
Gianfranco Ravasi, de 70 anos
(italiano) – presidente do Pontifício Conselho para a Cultura. Desempenhou
funções na Turquia, na Jordânia, na Síria e no Iraque. É considerado um
especialistas em Oriente Médio e islamismo. Aprecia e conhece arqueologia.
Também tem simpatia pelas mídias, costuma escrever para jornais e participar de
programas específicos de televisão.
Angelo Scola, de 71 anos (italiano)
– arcebispo de Milão, na Itália.
É defensor do diálogo entre
muçulmanos e católicos. Foi nomeado arcebispo de Milão por Bento XVI, de quem
se tornou amigo e, segundo vaticanistas, confidente. Bem-humorado, ao ser
perguntado por jornalistas sobre a possibilidade de se tornar papa, abençoou a
todos durante a missa. Defende que a Igreja se empenhe na manutenção da família
e dos valores cristãos.
Péter Erdo, de 60 anos (húngaro) –
arcepisto de Budapeste, capital da HungriaNasceu em uma família religiosa, que
defendeu o direito de manter a fé durante a revolução comunista na Hungria.
Fala húngaro, inglês, francês, italiano, espanhol e alemão. É considerado um
estudioso dos temas canônicos e da teologia. Foi nomeado arcebispo pelo papa
João Paulo II, que morreu em 2005.
Marc Ouellet, de 68 anos (canadense)
- ex-arcebispo de Quebec, no Canadá e prefeito da Congregação para os Bispos. De
origem franco-canadense, é apontado como um homem rígido e sério, mas que entre
os mais próximos é sensível e compreensivo. É contra o aborto em qualquer
situção, inclusive em casos de estupro, assim como é contrário à união entre
pessoas do mesmo sexo e à eutanásia. As opiniões sobre o celibato e a
contracepção são consideradas conservadoras.
Timothy Dolan, de 63 anos
(norte-americano) - cardeal-arcebispo de Nova York, nos Estados Unidos. É
considerado um conservador com características próprias, pois suas missas são
bem-humoradas e atraem elevado número de jovens e novos fiéis. Não se esquiva
de mencionar temas delicados, como os casos de abusos sexuais e pedofilia.
Segundo ele, são situações inaceitáveis. De temperamento aberto e brincalhão,
ganhou alguns apelidos, como Abraço de Urso.
Sean Patrick O'Malley, de 68 anos
(norte-americano) - cardeal de Boston, nos Estados Unidos. É frei capuchinho e
mantém um blog na internet, informando sobre o papel da Igreja Católica,
Apostólica, Romana e suas atividades. É apontado como um “pregador de pés
descalços”, pois costuma fazer celebrações de maneira informal. É visto,
frequentemente, sorrindo e contando estórias. É favorável às discussões de
temas incômodos, como pedofilia e desvios de comportamento.
Agência Brasil/EBC
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