Para os adversários, uma pesquisa de
intenção de votos tão distante das eleições reflete um resultado prematuro em
um cenário bastante dinâmico
Partidos com potenciais candidatos
adversários da presidente Dilma Rousseff nas eleições de 2014 consideraram não
haver surpresa no resultado da pesquisa de intenção de votos realizada pelo
Ibope a pedido do Estado. Dois fatores foram apontados como determinantes para
o desempenho dos prováveis candidatos no levantamento: a exposição excessiva da
presidente Dilma na mídia com as viagens e atividades externas em diversos
pontos do País e o pequeno conhecimento dos demais candidatos nacionalmente.
Para os adversários, uma pesquisa de
intenção de votos tão distante das eleições reflete um resultado prematuro em
um cenário bastante dinâmico. O senador Aécio Neves (PSDB-MG), por meio de
nota, considerou o resultado positivo para ele. "Fico muito satisfeito.
Ainda estamos muito distantes das eleições e da definição de candidatos. Até
por isso, os institutos de pesquisa deveriam trazer um cruzamento entre o grau
de conhecimento e a intenção de votos dos possíveis candidatos. A presidente
Dilma, por exemplo, tem 100% de conhecimento, pelo nível de exposição que tem
diariamente. O que não ocorre com os outros nomes. É um ótimo resultado",
afirmou o senador.
O presidente do PSDB, deputado
Sérgio Guerra (PE), foi na mesma linha. Ele afirmou que o resultado do
levantamento - que registrou de 53% a 60% das intenções de voto para Dilma - é
contaminado pelas "inúmeras aparições da presidente na TV, lançando pacote
de bondades sociais" e pela falta de conhecimento dos demais
pré-candidatos. Aécio e governador de Pernambuco e potencial candidato do PSB,
Eduardo Campos, nunca disputaram uma eleição nacional.
"A pesquisa não nos leva a
grandes conclusões. Evidentemente que a candidatura do PT é forte, mas, da
mesma forma, os candidatos da oposição enfrentam o problema do
desconhecimento", avaliou Guerra. Para ele, as condições gerais para a
disputa eleitoral em 2014 serão menos convenientes para o governo. "Nas
eleições anteriores, o candidato do PT tinha 70% dos votos no Nordeste. Com
Eduardo Campos (na disputa presidencial), esse resultado é impensável."
No PSB, a avaliação também é de que
a distância das eleições deixa o resultado com pouca consistência. "Os
dados revelam que a presidente Dilma tem seu governo bem avaliado somado ao
fato da superexposição vivida por ela, tanto pelo cargo que ocupa quanto por
ter ido recentemente duas vezes em rede nacional anunciar medidas de impacto
para a sociedade", disse o senador Rodrigo Rollemberg (DF), da Executiva
do PSB. Ele é otimista quanto ao desempenho de Campos.
Fonte: Agência Estado
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