1997:
A 'vaca louca'
Ovos orgânicos falsos, carne de
cavalo, leite com aflatoxina são os capítulos mais recentes na história das
fraudes alimentares. A "mãe" de todos os escândalos foi a peste BSE,
apelidada "síndrome da vaca louca". Em 1997, importações ilegais do
Reino Unido chegam à Alemanha. Milhares de animais são abatidos sob suspeita de
ter a moléstia cerebral. O consumo de carne diminui – por pouco tempo.
2001:
Perigo para humanos
Farinha de ossos e gordura animal
nas rações bovinas são consideradas desencadeadores da BSE. Em 2001 essa adição
é proibida. Durante muito tempo se discute se a moléstia é transmissível para
os consumidores da carne. Hoje está confirmado que a versão humana da BSE,
doença de Creutzfeldt-Jakob, é fatal. No entanto, décadas podem transcorrer
entre a contaminação e a manifestação da doença.
2005-2007:
Carne podre
Quinto lugar na escolha da palavra
do ano, em 2005 o termo "gammelfleisch" – carne podre – está em todas
as bocas na Alemanha. O escândalo se inicia em diversas filiais de uma cadeia
de supermercados, cujos funcionários são flagrados manipulando embalagens de
carne moída. Eles prolongavam a data de validade, reempacotando os produtos com
etiquetas novas.
2005-2007:
Milhares de toneladas no mercado
Logo se constata estarem em
circulação milhares de toneladas de carne não mais apropriada para o consumo
humano, parte delas há anos. A essa altura é impossível determinar quanto do
produto expirado já fora oferecido nas grandes cantinas e lanchonetes de
"döner" da Alemanha. Até 2007 casos semelhantes de fraude seguem
vindo a público.
2008-2010:
Mussarela com cocô de rato
Em 2008 a mussarela estragada da
Itália também chega às prateleiras alemãs. Calcula-se que 11 mil toneladas de
queijo contaminado com vermes e fezes de camundongos tenham sido vendidas como
produto fresco por toda a Europa. Dois anos mais tarde, também é detectado o
poluente ambiental dioxina no queijo nacional italiano.
2010-2011:
Escândalo da dioxina
No final de 2010 é encontrado o
cancerígeno dioxina na ração de uma grande fornecedora de ovos. Milhares de
fazendas são interditadas na Baixa Saxônia. Um fabricante de rações animais
empregara óleos resultantes da produção de diesel, distribuindo o alimento
contaminado para estabelecimentos em toda a Alemanha. Ovos e carne de porco
contendo dioxina chegam aos mercados.
2011:
Epidemia de EHEC
Cerca de 50 pessoas morrem na
Alemanha em 2011 em consequência da bactéria intestinal EHEC. Inicialmente se
suspeita que a causa da perigosa disenteria sejam alfaces, pepinos e tomates
crus. Quase 4 mil pessoas adoecem. Investigações minuciosas revelam, porém, que
os culpados são brotos vegetais provindos do Egito.
2012:
Morangos envenenados
Em setembro e outubro de 2012, o
norovírus se alastra em cinco estados do leste alemão. Nos jardins de infância
e escolas, quase 11 mil crianças são mandadas de volta para casa com diarreia e
vômito. O maior surto gastrointestinal da história do país é atribuído a
morangos congelados da China.
2013:
Cavalo por vaca
Em vários países europeus fica
constatada a presença de carne de cavalo em produtos que deveriam conter exclusivamente
carne bovina. Em meados de fevereiro de 2013 o escândalo atinge a Alemanha:
diversas cadeias de supermercado retiram lasanhas e similares de suas
prateleiras de congelados. Algumas das amostras chegam a conter 100% de carne
equina não declarada.
2013:
A mentira do orgânico
Centenas de avicultores vendiam ovos
como sendo orgânicos, embora mantivessem suas galinhas confinadas. Milhões de
ovos chegaram ao mercado sob etiqueta falsa. A norma alemã de criação
"orgânica" determina um máximo de seis aves por metro quadrado,
enquanto outros métodos, como o de granja ou em gaiolas, admitem de nove a 18
animais nesse mesmo espaço.
2013:
Leite tóxico
No início de março vem à tona que a
ração para vacas leiteiras inclui milho contaminado com aflatoxina, proveniente
de fungos tóxicos. Durante exame rotineiro do leite na Baixa Saxônia
registraram-se níveis da substância dez vezes acima do permitido. O milho vinha
da Sérvia e a ração contaminada era distribuída para toda a Alemanha.
Inicialmente se exclui risco para os consumidores humanos.
Autoria: Carla Bleiker | Edição: A.Valente/M.Santos
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