O Ministério da Educação quer
restringir a criação de cursos de direito no país e estuda adotar novas regras
de autorização.
Estão em estudo duas possibilidades: lançar editais definindo os municípios
onde poderão ser criadas faculdades de direito, a exemplo do que o ministério
já anunciou que fará na área de medicina, ou acrescentar critérios que levem em
conta o grau de saturação do mercado de trabalho para bacharéis em direito, na
análise de pedidos de abertura de cursos.
O MEC
e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) assinarão termo de cooperação no
próximo dia 11 de março para começar a formular as novas regras, que valerão
para universidades privadas e federais.
- Há um número exagerado de cursos de direito e um estelionato educacional em nosso país. É vendido um sonho que acaba virando pesadelo, que é o bacharelado em direito feito sem a devida qualificação - diz o presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado.
De acordo com a entidade, o Brasil conta atualmente com 754,9 mil advogados na ativa.
Para o presidente do Conselho Nacional de Educação, José Fernandes de Lima, o aumento do número de universitários é uma das metas do Brasil nesta década, já que o país tem proporcionalmente menos graduados do que vizinhos como Argentina e Chile.
Lima afirma que é necessário aprofundar a análise dos dados disponíveis, identificando com exatidão se há espaço ou não para novos bacharéis.
- Nem todas as pessosas que são bacharéis em direito advogam. Muitas fazem concurso, trabalham no serviço público. As instituições de ensino querem abrir os cursos porque têm clientela. A discussão é mais ampla do que pode parecer - diz Lima.
Globo.com
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