O deputado estadual Geraldo Pudim
(PR) visitou nesta segunda-feira a cracolândia, no bairro de Bonsucesso, no Rio
de Janeiro, onde foi buscar depoimentos com dependentes químicos a respeito das
políticas do governo estadual de combate à droga. O objetivo, segundo o
deputado, é que os usuários sejam ouvidos em audiência pública na Assembleia
Legislativa (Alerj), para apurar denúncias de abandono e maus tratos cometidos
por agentes públicos.
Deputado Geraldo Pudim (esq.) colheu depoimentos de
usuários de crack nesta segunda-feira
Foto: Alerj / Divulgação |
Pudim gravou conversas com dezenas
de dependentes químicos, que serão apresentadas na Alerj para a proposição da
audiência pública. Segundo relatórios do Ministério Público Estadual, o Rio de
Janeiro concentra mais de 6 mil usuários de crack. "O que mais me chamou a
atenção foi quando eu perguntava a eles como achavam que a sociedade os
enxergava, e a palavra que mais surgiu foi lixo, ou seja, 'são vistos como um
lixo pela sociedade'. Então essa situação me chocou muito. Detectamos que nada
tem sido feito de forma eficaz para atendimento a esses usuários", disse o
deputado.
O deputado afirmou que grande parte
dos usuários ouvidos gostaria de deixar o...
vício, mas que não encontra amparo nas políticas públicas. "Verificamos vários profissionais qualificados e que se mostraram capazes de estarem trabalhando e produzindo. Eles diziam a famosa frase 'cabeça desocupada, oficina do diabo', relatando que se tivessem uma oportunidade de emprego e carteira assinada não teriam tempo de estarem ali. Vimos que mais de 90% quer, mas não tem condição de sair sozinho desta realidade, e nem será com o tratamento que hoje é dado que vão conseguir êxito. Hoje são levados para um abrigo em Santa Cruz e tratados com drogas potentes (remédios), mas bem ao lado, tem uma boca de fumo, uma fonte de fornecimento de drogas ilícitas, com a entrada e saída do abrigo livre", declarou.
vício, mas que não encontra amparo nas políticas públicas. "Verificamos vários profissionais qualificados e que se mostraram capazes de estarem trabalhando e produzindo. Eles diziam a famosa frase 'cabeça desocupada, oficina do diabo', relatando que se tivessem uma oportunidade de emprego e carteira assinada não teriam tempo de estarem ali. Vimos que mais de 90% quer, mas não tem condição de sair sozinho desta realidade, e nem será com o tratamento que hoje é dado que vão conseguir êxito. Hoje são levados para um abrigo em Santa Cruz e tratados com drogas potentes (remédios), mas bem ao lado, tem uma boca de fumo, uma fonte de fornecimento de drogas ilícitas, com a entrada e saída do abrigo livre", declarou.
Para Pudim, a política adotada pelo
poder público afasta os usuários do crack da sociedade e coloca em risco suas
vidas. "As ações do poder público se apresentam a eles como bombas, choque
elétrico, gás de pimenta, pancadaria e cassetete, colocando todos para correr,
o que fatalmente causa a fuga para a pista principal, a avenida Brasil, que
todos os dias é palco de atropelamento", afirmou.
A ideia é que a audiência pública
seja realizada logo após o Carnaval. Pelo menos cinco dependentes químicos
serão convocados para debater, com os deputados, as ações de combate ao uso do
crack. "Eles são a parte mais importante e interessante nessa história,
pois são eles que vivem e podem até mesmo nos apontar caminhos de solução. Falhamos
todos nós, e agora temos que nos unir para encontrar uma solução",
finalizou o deputado.
Terra
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