Tribunal
de Justiça do Estado vai investigar quem tem foro privilegiado.
Políticos, com mandato em exercício, estão sendo investigados.
Políticos, com mandato em exercício, estão sendo investigados.
As apurações da Operação Derrama,
que levou sete ex-prefeitos do Espírito Santo para a cadeia, passam a
contar com a participação do Tribunal de Justiça do Estado (TJES), órgão
com competência para investigar deputados e prefeitos com mandato, que têm foro
privilegiado. O inquérito policial foi remetido ao TJES nesta quinta-feira
(17), pelo juiz Marcelo Loureiro.
Segundo o TJES, o desembargador
Ronaldo Gonçalves foi sorteado para ser o relator e vai conduzir as
investigações. Um procurador de Justiça também passará a acompanhar as
purações. Segundo a assessoria do TJES, o caso voltou a tramitar em segredo de
Justiça, por isso os nomes das pessoas com foro privilegiado que...
passaram a ser
investigadas não foram revelados.
Segundo o jornal A Gazeta desta
sexta-feira (18), fontes do judiciário e alguns dos advogados dos 25 presos na
operação afirmam que o nome do presidente da Assembleia Legislativa do Espírito
Santo, Theodorico Ferraço (DEM), está entre os investigados. Ferraço disse ao G1 que
desconhece a informação, mas acredita que pode ter sido incluído como
testemunha, por denunciar grandes empresas que devem impostos no Espírito
Santo.
"Ainda não tenho notícia
oficial de que meu nome está incluído no inquérito. Mas acredito que possa estar
porque fui o primeiro a requerer uma CPI para apurar as atividades petrolíferas
e sonegação de impostos das grandes empresas, em 2007. Então posso estar
como testemunha ou como investigado, mas estou à disposição. Eu e a Justiça
temos algo em comum: cobrar o que nos é devido. Estou tranquilo e acredito que
posso ajudar as investigações, ajudar a Justiça. É o momento de eu falar a
verdade", diz Ferraço.
Na terça-feira (15), 25 pessoas
foram presas, entre elas sete prefeitos, na segunda fase da Operação Derrama,
suspeitas de envolvimento em um esquema de corrupção por meio da cobrança
ilegal de tributos a empresas de grande porte, por uma empresa de consultoria,
a CMS.
Itapemirim é um dos oito
municípios investigados por envolvimento no esquema de corrupção apurado
na Operação Derrama. E a ex-prefeita de Itapemirim, Norma Ayub (DEM), é esposa
de Theodorico Ferraço. Ele afirma que Norma está tranquila e que a prefeitura
deixou uma riqueza imensa de arrecadação, entretanto, as empresas de
combustíveis que atuam no município devem mais de R$ 800 milhões em impostos à
prefeitura, segundo ele.
"Itapemirim tem na dívida ativa
R$ 768 milhões de uma empresa, e mais de R$ 50 milhões e R$ 9 milhões de
outras. São dívidas consagradas que estão na Justiça. Mas não sou leviano de
dizer que as empresas são sonegadoras, porque elas afirmam que pagaram esses
impostos, só que no Rio de Janeiro. Entretanto, a lei diz que esses impostos
devem ser recolhidos na origem, no caso, em Itapemirim", afirma.
O presidente da Assembleia afirma
que vai propor aos deputados a abertura de uma nova CPI para apurar a dívida
ativa. Em 2007, a chamada CPI da Petrobras chegou a ser instalada, mas nenhum
deputado aceitou fazer parte dela e a apuração foi inviabilizada.
G1
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