Órgão
informou que vai pedir à Justiça a revogação das prisões.
Mandados foram expedidos na terça-feira (15), na 'Operação Derrama'.
Mandados foram expedidos na terça-feira (15), na 'Operação Derrama'.
O presidente da Ordem dos Advogados
do Brasil no Espírito Santo (OAB-ES), Homero Mafra, declarou ilegais as prisões
dos 12 advogados, ocorridas na última terça-feira (15), na 'Operação
Derrama'. Segundo ele, a entidade deveria ter sido notificada sobre os mandados
de prisão, sob o argumento de decreto de lei federal. A OAB-ES informou que vai
pedir à Justiça, nesta sexta-feira (18), a revogação das prisões. Procurada, a
Secretaria de Estado da Segurança Pública...
disse que não vai se pronunciar sobre
o assunto.
“Eles realizaram as prisões, mas não
nos comunicaram. Não sou eu que acho que deve haver a notificação, mas é a lei
federal que diz. Há um comando legal que não foi obedecido, o que aponta a
ilegalidade dos mandados”, afirmou Homero Mafra.
O presidente da entidade questionou,
também, o pretexto para a realização das prisões da 'Operação Derrama'. “Nós
sempre sustentamos que uma eventual avaliação de culpa não pode ser consolidada
com prisão. O requisito dela é a necessidade, quando a pessoa oferece risco.
Ninguém aceita que os processos se arrastem por anos e anos, mas o fundamento
de 'ser culpado' é o que mantém milhares de brasileiros 'invisíveis' presos”,
falou.
Quanto ao pedido de revogação das
prisões, Homero Mafra disse que seria enviado à Justiça nesta sexta-feira (18).
"Como não é na nossa competência anular os mandados, pedimos à revogação,
mas não sabemos se ela vai acontecer. O arquivador vai receber um processo
muito longo e não sei se ele vai conseguir decidir isso em um curto espaço de
tempo", pontuou.
Operação
Derrama
O nome dado à operação, segundo a
Polícia Civil, foi uma alusão às cobranças abusivas de taxas e impostos
praticados pela Coroa Portuguesa no período do Brasil colonial. A 'derrama'
tinha como objetivo estabelecer uma cota anual cobrada aos produtores de ouro
em Minas Gerais e foi o motivo que desencadeou a Inconfidência Mineira, no
século XVIII.
Segundo o Tribunal de Contas, a CMS,
como empresa privada, era contratada pelos municípios para realizar a
arrecadação de tributos com amplos poderes para execução de leis
tributárias, o que é proibido pela Constituição Federal e pelo Código
Tributário Nacional.
A empresa CMS apresentava-se como
única na prestação de serviço de consultoria e, com isso, celebrava os
contratos com as prefeituras. Após a celebração dos contratos, a CMS agia
autuando as empresas que deviam tributos com a participação de auditores
fiscais do município, sendo que as autuações se dirigiam especialmente às
empresas de grande porte. G1
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