Brasília – A Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) deve publicar ainda este mês uma nova análise sobre o uso da
sibutramina no mercado brasileiro. O órgão deve decidir se mantém a autorização
para o uso do medicamento no país.
Em 2011, a agência decidiu banir os
emagrecedores à base de anfepramona, femproporex e mazindol, os chamados
anfetamínicos. Já a sibutramina permaneceu liberada, mas com restrições.
Pacientes e médicos precisam assinar um termo de responsabilidade, que deve ser
apresentado junto com a receita no momento da compra. Profissionais de saúde
também são obrigados a informar à Anvisa problemas apresentados pelos
pacientes.
A proposta inicial dos técnicos da agência
era banir o medicamento no país, pois estudos internacionais mostram que o uso
da substância aumenta os riscos de problemas cardiovasculares e de alterações
no sistema nervoso central. Mas, após nove meses de debate, a equipe técnica
mudou de posição e, no último relatório, defendeu a permanência do uso e da
venda do remédio no Brasil. No prazo de um ano, o órgão voltaria a analisar a
manutenção da sibutramina no mercado brasileiro.
De acordo com a Anvisa, a sibutramina ajuda a
perder, no mínimo, 2 quilos de massa corporal em um período de quatro semanas.
O tratamento é indicado para quem tem Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou
acima de 30 e não sofre de doença cardíaca. O prazo máximo de utilização do
remédio é dois anos.
Desde o anúncio da proposta de tirar os
emagrecedores do mercado, sociedades médicas se posicionaram contra a ideia. A
Associação Brasileira de Estudos sobre Obesidade (Abeso) defende que, sem esses
medicamentos, pacientes obesos ficam sem possibilidade de tratamento.
Agência Brasil
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