O governo do Reino Unido insistirá na manutenção do controle sobre as Ilhas Malvinas, mesmo com a cobrança da Argentina de retomar as negociações sobre o tema. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse que vai "lutar" para manter a autoridade do Reino Unido na região. A reação ocorre uma semana depois de a presidenta argentina, Cristina Kirchner, ter enviado carta a Cameron, publicada nos principais jornais dos dois países.
Na carta, Cristina Kirchner cobrou do Reino Unido o fim do colonialismo e a devolução das Ilhas Malvinas aos argentinos. Cameron reagiu dizendo que "é absolutamente claro" que o Reino Unido "defenderá" as ilhas. Ele lembrou que o Reino Unido tem um dos cinco maiores orçamentos de Defesa do mundo, apesar dos recentes cortes aplicados às Forças Armadas nacionais.
"Temos fortes defesas nas Ilhas Malvinas. É absolutamente essencial que tenhamos aviões rápidos e tropas estacionados ali", ressaltou Cameron, apelando para que o governo argentino respeito o resultado do plebiscito que ocorrerá no próximo mês nas ilhas para definir o futuro da região.
O plebiscito deve estabelecer o status político desejado pelos quase 3 mil habitantes das Ilhas Malvinas. Desde o ano passado, quando houve o
aniversário de 30 anos da guerra pela posse das ilhas, que as relações entre os dois países estão mais tensas. A guerra começou em 2
de abril de 1982, quando os militares argentinos ocuparam as Malvinas, e terminou em 14 de junho do mesmo ano, com a vitória dos britânicos.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa
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