A notícia de que o PSDB procura um nome forte
e que, dentre estas opções, estaria o nome do apresentador Luciano Huck para
concorrer ao governo do Estado do Rio de Janeiro, em 2014, pegou de surpresa o
deputado estadual Luiz Paulo Corrêa da Rocha, presidente regional da legenda
tucana em solo fluminense. "Não estou sabendo de nada, não tenho
informação a lhe dar sobre isso. Não sei quem colocou essa notícia, mas ela não
saiu da direção estadual”, afirmou o deputado estadual, em entrevista ao Terra.
A notícia de que Luciano Huck seria o sonho de consumo do PSDB para concorrer
ao Palácio Guanabara, daqui a dois anos, foi veiculada pela coluna Panorama
Político, do jornal O Globo.
Os tucanos procuram a todo custo um nome
forte, de impacto, não só para desbancar o já pré-candidato do PMDB, o
vice-governador do Estado, Luiz Fernando Pezão, braço direito do atual
governador Sérgio Cabral, mas também para consolidar um palanque no Rio de
Janeiro para o mais forte nome tucano nas eleições rumo ao Planalto: o senador
Aécio Neves (PSDB-MG). Como Cabral e Pezão são aliados da presidente Dilma
Rousseff no Estado, a direção do partido confirma a necessidade de uma
candidatura própria.
“Claro que nós aqui no Rio de Janeiro
queremos lançar um candidato”, confirma o presidente tucano no Estado. Em 2010,
o PSDB se aliou ao PV, de Fernando Gabeira, que sofreu retumbante derrota nas
urnas, ainda no primeiro turno, para o reeleito Sérgio Cabral, que ficou com 66%
dos votos válidos, contra 20% do candidato verde.
Na eleição seguinte, no ano passado, à
prefeitura, os tucanos lançaram candidatura própria, mas o deputado federal
Otávio Leite (PSDB-RJ) não conseguiu nem chegar perto do prefeito reeleito nas
urnas, Eduardo Paes (PMDB-RJ), que teve quase 65% dos votos válidos, contra
irrisórios 2,5% de Otávio Leite. Daí a importância de lançar um nome forte para
reestabelecer a força do partido no terceiro maior colégio eleitoral do país
(atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais), com quase 12 milhões de eleitores.
“Acredito que os economistas seriam uma boa
opção, são nomes de peso, que são sempre bem-vindos numa eleição como essa”,
afirmou Luiz Paulo sobre o trio de economistas de peso que, juntos, já se
articulam com vistas ao pleito de 2014: Pedro Malan e Armínio Fraga,
ex-ministros da era Fernando Henrique Cardoso, além de Edmar Bacha, economista
que sempre foi visto, junto do próprio FHC, como um dos “pais” do Plano Real no
governo Itamar Franco.
Huck de férias
A reportagem do Terra entrou em
contato com a assessoria de imprensa de Luciano Huck, mas foi informada que o
apresentador está de férias.
Alheio ao cenário político envolvendo a
disputa entre os aliados PT e PMDB, contra a investida do PSDB no Estado do Rio,
corre por fora o nome do senador Lindbergh Farias, que pode se tornar um
“petista desgarrado” nas próximas eleições. Isso porque Lindbergh, eleito
senador pelo Rio há dois anos, contando com o apoio do ex-presidente Lula, já
deu sinais mais do que claros que não abrirá mão de concorrer ao pleito de
2014.
O apoio ao candidato Alexandre Cardoso, do
PSB, nas eleições municipais em Duque de Caxias, diante do peemedebista
Washington Reis, foi o pontapé inicial do entrave pelo qual o PT pode passar no
estado fluminense. Com a vitória de Cardoso, fica o apoio para o senador
petista, ex-prefeito do munícipio de Nova Iguaçu, também na região
metropolitana, do terceiro maior colégio eleitoral do Rio (atrás apenas de São
Gonçalo e do próprio Rio de Janeiro).
Se não apoiar a candidatura própria de
Lindbergh Farias, o PT, na manutenção da aliança com o PMDB da dupla
Cabral-Pezão, pode ver seu senador debandar-se ao PSB, que tem na figura do
governador de Pernambuco, Eduardo Campos, como forte nome também para a disputa
à Presidência da República.
(Terra)
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