Em dezembro, contas haviam sido
desaprovadas por causa de irregularidades "graves"
O novo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad |
A Justiça Eleitoral aprovou nesta
semana, com ressalvas, as prestações de contas de campanha apresentadas pelo
prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e pelo diretório municipal do PT. As
duas prestações haviam sido desaprovadas em dezembro pelo juiz da 6.ª Zona Eleitoral
de São Paulo, Paulo Furtado de Oliveira Filho, que à época apontou
irregularidades "graves" na contratação de empresas e identificação
dos recursos arrecadados.
Os advogados de Haddad e do
diretório municipal do PT recorreram e pediram que a decisão fosse
reconsiderada, apresentando mais de 3 mil páginas de novos documentos. Diante
do detalhamento de gastos, a Justiça Eleitoral pôde fiscalizar o gasto de R$
4,6 milhões com a empresa AJM de Azevedo Eletrônicos, que havia sido
considerado irregular. A empresa forneceu carros de som e material publicitário
à campanha. No entanto, permaneceu o erro na emissão de notas fiscais pela
firma, que não emitiu notas fiscais eletrônicas e discriminou serviços diversos
do prestado.
Oliveira Filho também considerou
satisfatórias as planilhas que descreveram os serviços prestados pela Polis
Propaganda & Marketing, do marqueteiro João Santana, contratada por R$ 30
milhões. A nota fiscal da Polis, contudo, foi emitida em Salvador, e não em São
Paulo, onde os serviços foram prestados. Segundo o juiz, essas irregularidades
não impediram a fiscalização das despesas da campanha. Ele oficiou a
Procuradoria do Município para que adote eventuais providências de ordem
tributária contra as empresas.
A Justiça também reviu decisão que
apontava despesa não contabilizada, no valor de R$ 30 mil, com serviço de
segurança patrimonial prestado pela empresa Caso Sistema de Segurança, de
propriedade de Freud Godoy, ex-assessor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva. Godoy foi citado pelo empresário Marcos Valério como suposto
beneficiário de R$ 100 mil do esquema do mensalão. Os advogados do PT
apresentaram documentos comprovando que a Caso havia sido contratada no
primeiro semestre de 2012 para realizar a segurança da sede do diretório, sem
relação com a campanha eleitoral. O argumento foi aceito pela Justiça. As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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