Ao reconhecer que energia é fator de competitividade para o país e adotar medidas visando à redução de tarifas, o governo federal poderá, em 2013, fazer os brasileiros economizarem cerca de R$ 20 bilhões nas contas de luz. O valor corresponde a uma redução de 20% em relação aos valores atuais. Se o recorte ficar restrito à indústria, a redução deve ser, em termos proporcionais, um pouco menor, entre 9% e 16%, disse o presidente da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e Consumidores Livres (Abrace), Paulo Pedrosa.
“No caso das empresas que compram [energia] no mercado cativo, estimamos que, em alguns casos, o benefício possa ser até superior a 25%. No mercado livre [em que grandes consumidores negociam diretamente a compra de energia com as geradoras ou por intermédio de algum comercializador], deveremos ter uma redução de até 16%”, informou hoje (19) Pedrosa durante almoço com jornalistas.
De acordo com a Abrace, 56% das indústrias brasileiras compram energia no mercado livre. Nas indústrias que usam menores tensões, o benefício deverá chegar a pelo menos 9%.
A previsão de reduções no custo da energia faz com que a Abrace aponte o ano de 2012 como “um marco” para o setor elétrico. “Hoje o governo reconhece que a energia é fator de competitividade, diferentemente do que ocorria no passado, quando era vista como instrumento de políticas públicas e de arrecadação”, destacou o dirigente da Abrace.
“Para cada real economizado em uma conta de luz, há um impacto [positivo] de R$ 8,60 no PIB [Produto Interno Bruto, que é a soma de todas as riquezas geradas no país]. O reflexo das reduções previstas para o custo de energia deverá resultar em um crescimento de 0,5% para o país, além de gerar 6 milhões de empregos e em uma redução de 0,5% da inflação”, estimou Pedrosa, tendo por base estudos encomendados junto à Fundação Getulio Vargas (FGV) e à Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Dados da Abrace indicam que, em média, o custo da energia representa entre 25% e 30% do custo final dos produtos fabricados no Brasil. Mas podem chegar a 70%, no caso do oxigênio produzido nas indústrias. Em média, o custo da energia representa 30% do preço final de produtos químicos; 40% do alumínio; e 20% do aço e do cimento. “O alto custo da energia para a fabricação de porcelana [entre 25% e 30%] terminou prejudicando o setor, que acabou tendo seus produtos substituídos pelos fabricados na China”, completou Pedrosa. Agência Brasil
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