A Assembleia Legislativa da Bahia recusou o título de Cidadão Baiano ao ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal. A notícia é do site do jornal O Globo.
A homenagem havia sido proposta pelo deputado da oposição Luciano Simões (PMDB), em razão dos “relevantes serviços” de Barbosa no julgamento do mensalão. O deputado do PCdoB, Álvaro Gomes, propôs a homenagem a Ricardo Lewandowsky, revisor do processo.
Foi travada, assim, uma discussão que durou 30 minutos e foi encerrada quando o líder da Assembleia, o pestista Zé Neto, decidiu que nem um nem outro seriam laureados.
Simões apontou a responsabilidade da bancada governista, formada por PT e PCdoB, pela rejeição. Mas Zé Neto negou o boicote, afirmando que o nome de Barbosa foi incluído de última hora na lista de homenageados para “causar polêmica”.
28/12/2012 11:05 Raul Haidar (Advogado Autônomo)
Manias medievais
Titulos honoríficos já deveriam ter sido extintos há muito tempo. Nada significa ser cidadão desta ou daquela cidade. Muitas pessoas que recebem tais títulos são criminosos condenados. Quem os propõe muitas vezes é um puxa-saco que quer se aproveitar do prestígio do homenageado ou mesmo obter uma vantagem qualquer (um emprego por exemplo). Quem vota a favor faz um troca-troca de votos: voto hoje no seu para amanhã você votar no meu. O legislativo não existe para isso. Enquanto se ocupam da concessão de tais supostas "honrarias" as pessoas cujos salários são pagos pelo povo deixam de cuidar de suas obrigações básicas como, por exemplo, discutir o orçamento, fiscalizar o emprego do dinheiro público, etc.- Tão ridículo quanto isso é o tratamento medieval que se usa em determinados ambientes, onde tratam-se por "excelência" , "nobre colega" e outras idiotices. Precisamos assumir que estamos no século 21, num estado democrático de direito, não no século 17 de uma colonia qualquer.Tal bobagem é usada até nas sessões da OAB ! Também não fazem mais sentido essas academias supostamente intelectuais e essas ordens ridículas onde algumas pessoas submetem-se a rituais quase carnavalescos em troca de um título sem qualquer significado. Assim, notórios apedeutas se transformam em acadêmicos, doutores "honoris causa", "comendadores" e outras denominações criadas às dúzias conforme a fértil imaginação dos inventores de ONGs, essa praga que viceja no pasto da ignorância nacional. Aliás, já existem espertalhões semi-letrados que fundam academias e entidades similares para promover festas e jantares de adesão onde se reunem os "homenageados". Vivem alguns desses espertalhões à custa de tais eventos. Tudo isso não passa de MANIAS MEDIEVAIS.
Manias medievais
Revista Consultor Jurídico
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