Alguns ditados populares e suas
devidas correções:
Dito Popular: “Quem tem boca vai a Roma”.
O
correto seria: “Quem tem boca vaia Roma”. (do
verbo vaiar).
Dito Popular: “Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho carpinteiro”.
Dito Popular: “Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho carpinteiro”.
O
correto seria: “Esse menino não pára quieto,
parece que tem bicho no corpo inteiro”.
Dito Popular: “Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão”.
O correto seria: “Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão”.
Dito Popular: “Cuspido e escarrado”. (alguém muito parecido com oura pessoa).
O
correto seria: “Esculpido em carraro”. (tipo
de mármore).
Dito Popular: "Quem não tem cão, caça com gato".
O
correto seria: "Quem não tem cão, caça
como gato". (ou seja, sozinho, esgueirando, astutamente, traiçoeiramente).
Veja também como surgiram esses:
Água mole em pedra dura tanto bate até que fura
Significado: A
expressão louva a persistência como virtude que vence a dificuldade, ou seja,
insista que você consegue.
Histórico: Há
registro de dois milênios em Ovídio (43 a.C.-18 d.C.), poeta latino, autor de A
arte de amar e Metamorfoses: “A água mole cava a pedra dura.” É tradição de
várias culturas formar rimas nesse tipo de oração para facilitar a memorização.
Foi o que nós, de língua portuguesa, fizemos com o provérbio.
O pior cego é o que não quer ver
Significado: Diz-se
da pessoa que não quer ver o que está bem na sua frente. Nega-se a ver a
verdade.
Histórico: Em
1647, em Nimes, na França, na universidade local, o doutor Vicent de Paul
D'Argenrt fez o primeiro transplante de córnea em um aldeão de nome Angel. Foi
um sucesso da medicina da época, menos para Angel, que assim que passou a
enxergar ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o mundo que ele
imagina era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse seus olhos. O caso
foi acabar no tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou
para a história como o cego que não quis ver.
Salvo pelo gongo
Significado: Escapar
de se meter numa encrenca por uma fração de segundos.
Histórico: O
ditado tem origem na na Inglaterra. Lá, antigamente, não havia espaço para
enterrar todos os mortos. Então, os caixões eram abertos, os ossos tirados e
encaminhados para o ossário e o túmulo era utilizado para outro infeliz.
Só que, às vezes, ao abrir os
caixões, os coveiros percebiam que havia arranhões nas tampas, do lado de
dentro, o que indicava que aquele morto, na verdade, tinha sido enterrado vivo
(catalepsia – muito comum na época). Assim, surgiu a idéia de, ao fechar os
caixões, amarrar uma tira no pulso do defunto, tira essa que passava por um
buraco no caixão e ficava amarrada num sino. Após o enterro, alguém ficava de
plantão ao lado do túmulo durante uns dias. Se o indivíduo acordasse, o
movimento do braço faria o sino tocar. Desse modo, ele seria salvo pelo gongo.
Cor de burro quando foge
A frase original era “Corra do burro quando ele foge”. Tem
sentido porque, o burro enraivecido, é muito perigoso. A tradição oral foi
modificando a frase e “corra” acabou virando “cor”.
De cabo a rabo
Significado: Total
conhecedor. Conhecer algo do começo ao fim.
Histórico: Durante o período das grandes navegações portuguesas, era comum se dizer total conhecedor de algo, quando se conhecia este algo de "cabo a rabah", ou seja, como de fato conhecer todo o continente africano, da Cidade do Cabo ao Sul, até a cidade de Rabah no Marrocos (rota de circulação total da África com destino às Índias).
Histórico: Durante o período das grandes navegações portuguesas, era comum se dizer total conhecedor de algo, quando se conhecia este algo de "cabo a rabah", ou seja, como de fato conhecer todo o continente africano, da Cidade do Cabo ao Sul, até a cidade de Rabah no Marrocos (rota de circulação total da África com destino às Índias).
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