Tucano
vai adotar discurso baseado na ética no 2ª turno para ligar petistas a casos de
corrupção
No primeiro dia de campanha do 2º turno da eleição
municipal de São Paulo, o candidato do PSDB, José Serra, manteve seu foco sobre
o julgamento do mensalão e tentou derrubar o slogan de seu adversário na
disputa, Fernando Haddad (PT). Em referência indireta ao mote do
"novo" adotado pela campanha petista, Serra disse em entrevista à
rádio Jovem Pan que a "grande novidade" do País é a punição aos
políticos acusados de corrupção.
Fala-se muito de novidade no Brasil. A grande
inovação hoje em dia é a corrupção levando gente à cadeia, é a impunidade que
começa a acabar. Não tem (novidade) maior pra quem está atrás de novidade na
vida pública brasileira", disse o tucano. "É evidente que na questão
nacional há um mal que não pode ser ignorado, que é a questão da ética, da
verdade, da corrupção... É tratar governo como se fosse propriedade
privada."
Na disputa entre PSDB e PT no 2º turno, Serra vai
adotar um discurso baseado na ética, com o objetivo de ligar os petistas a
casos de corrupção. "Quem fala do mensalão é a imprensa, é a opinião
pública, são as pessoas que eu encontro na rua. A campanha não é realizada fora
do planeta Terra e fora do nosso País, então é um assunto que naturalmente
aparece", afirmou.
Serra também tratou com ironia o apoio do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff a
Haddad. "Vocês sabem que eu não tenho padrinho político. As pessoas me
conhecem pelo que eu fiz no passado."
Diante da perspectiva de que o PMDB e o PRB declarem
apoio formal a Haddad, o candidato do PSDB disse que acredita ser
"limitada" a influência na eleição de partidos que foram derrotados
no 1º turno. O tucano afirmou, no entanto, que buscará negociações com essas siglas.
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