Essa foi a posição da capital paulista
numa lista de 27 metrópoles globais; cidade só ficou à frente de Mumbai, na
Índia
A cidade de São Paulo
piorou sua pontuação em estudo da empresa de consultoria PricewaterhouseCoopers
(PwC) sobre desenvolvimento econômico e social em 2012 na comparação com o ano
passado e, por conta disso, caiu para penúltimo lugar no ranking de 27
metrópoles globais. A capital paulista, segundo o estudo Cidades de
Oportunidade 2012, divulgado nesta quarta-feira, só fica à frente da cidade
indiana de Mumbai e perde para outras metrópoles emergentes como Johannesburgo
(25.º lugar), Istambul (24.º), Buenos Aires (23.º) e Cidade do México (21.º).
Nova York segue na liderança do ranking, com 1.112 pontos, mais que o dobro da
pontuação conquistada pela cidade brasileira (527).
São Paulo viu sua pontuação cair em
sete dos dez critérios analisados, muitos deles de grande importância para a
realização de eventos internacionais como a Copa de 2014. Em transporte e
infraestrutura, por exemplo, a capital paulista novamente só aparece à frente
de uma metrópole, a sul-africana Johannesburgo. A pontuação nesse critério caiu
de 28 pontos no estudo anterior para 22 no levantamento divulgado hoje.
São Paulo também apresentou
desempenho pior em 2012 nos quesitos influência econômica, prontidão
tecnológica, saúde e segurança, demografia e qualidade de vida,
sustentabilidade e estilo de vida.
Melhoras foram observadas apenas em
capital intelectual e inovação, facilidade em fazer negócios e custo de vida. O
avanço, no entanto, foi insuficiente para tirar a metrópole brasileira das
últimas colocações - nesses critérios, São Paulo ocupa, respectivamente as
24.ª, 21.ª e 25.ª posições.
O ranking do estudo analisa 60 itens
que compõem os dez indicadores. A soma máxima é 1.620 pontos. No ano passado,
eram 66 itens. Além disso, no Cidades de Oportunidade 2011, a PWC analisou 26
cidades, enquanto neste ano foram 27.
Bons
negócios
São Paulo é uma das metrópoles
emergentes mais bem avaliadas em facilidade de realização de negócios, de
acordo com o estudo. A cidade brasileira saiu da 23.ª posição neste critério no
ano passado para a 21.ª colocação neste ano, impulsionada pelos bons
desempenhos nos itens que mostram a facilidade em permitir a entrada de
estrangeiros e a flexibilidade em vistos de viagem. A metrópole que oferece
menos empecilhos para novos negócios é Cingapura, que conseguiu 202 de 243
pontos possíveis. São Paulo obteve 88.
"Dentro do grupo de emergentes,
São Paulo é uma das cidades mais fáceis para fazer negócio", afirmou o
sócio da PwC Brasil e líder de Governo e Setor Público, Richard Dubois. Segundo
o estudo, que avaliou 27 metrópoles, é mais fácil fazer negócios na capital
paulista que em Beijing (22.º lugar), Istambul (23.º), Moscou (24.º), Buenos
Aires (25.º), Mumbai (26.º) e Shanghai (27.º). As cidades emergentes mais bem
classificadas que a metrópole brasileira são Johannesburgo (19.º lugar) e
Cidade do México (17.º).
Dubois faz a ressalva de que, em
alguns dos nove itens que compõem o indicador de facilidade para negócios, a
PwC utilizou dados nacionais. Um exemplo está em facilidade para abrir um
negócio, item no qual São Paulo recebeu nota 6, de 27 pontos possíveis. Sidney,
na Austrália, conseguiu a maior pontuação neste caso.
A metrópole brasileira, única
analisada no estudo - o Rio de Janeiro, de acordo com Dubois, deve entrar em
2013 -, se destaca em crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB). É a 16.ª
cidade que mais cresceu no mundo em 2011 sobre 2010, à frente de Seul, Abu
Dabi, Sidney, Tóquio, Paris e Londres, entre outras. São Paulo ocupa também o
7.º lugar em população em idade economicamente ativa e o 15.º em atividade de
grandes construções.
Atividade
cultural
A cidade é uma das dez
metrópoles mundiais de maior agitação cultural, informa o estudo. "A vida
cultural dinâmica de São Paulo se desenrola num clima temperado ideal que
figura no topo das classificações do nosso relatório", informa a PwC. Ao
mesmo tempo, a cidade decepciona nos itens qualidade de vida, em que conseguiu
5 de 27 pontos, e congestionamentos, em que obteve 4 de 27. "São Paulo tem
tamanho, escala e dinamismo cultural e econômico muito bons, mas com problemas
de infraestrutura urbana e burocracias que assustam as empresas", afirma
Dubois.
Por Wladimir D'Andrade, da Agência
Estado
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