O
Tribunal Regional Eleitoral (TRE) informou que já apurou os fatos
ocorridos em Nova Venécia e que não houve falsificação de título.
O órgão também nega que há eleitor fantasma no município.
De
acordo com explicação do TRE, no último dia 7, uma eleitora com o
primeiro nome semelhante ao de Carmem Mota Lusquinho — que morreu
em 2001 — recebeu, equivocadamente, por parte dos mesários,
autorização da seção 162
para
votar no lugar da eleitora morta.
Destacou
ainda que não houve prejuízo e nem benefício para nenhum dos
candidatos ao cargo de vereador e prefeito do município, pois só
houve, nesse caso, um voto concedido por uma eleitora viva para cada
um dos cargos.
ANALFABETA
A
Corte ainda explicou que o nome de Carmem não foi excluído do
cadastro pois ela era analfabeta e, assim, o voto é facultativo, o
que impossibilitou o cancelamento automático da inscrição. Além
disso, não foi informado à Justiça Eleitoral da morte da eleitora.
O
Cartório Eleitoral de Nova Venécia já convocou a eleitora que
votou no lugar da morta para regularizar a sua situação.
O
Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES), por meio da
promotoria eleitoral de Nova Venécia, informou que existe um
procedimento em apuração e que aguarda o denunciante para
depoimento.
Eleitores
do município de Nova Venécia mostraram indignação com o fato da
eleitora que morre há 11 anos ter supostamente votado nas eleições
municipais.
“Há
falhas principalmente com quem mexe com a organização das eleições.
O processo está mal feito, porque não tem como uma pessoa votar
após 11 anos de morta. Com a urna eletrônica, esse tipo de erro não
deveria ocorrer. Um voto pode fazer toda a diferença. É uma falta
de respeito com os cidadãos”, afirmou Daiane Sirqueira,
recepcionista de 22 anos.
Já
para Luciana Machado Ramos, 23 anos, caixa, o fato prejudica a imagem
da cidade. “Sempre ouvimos que o resultado das eleições é
seguro. Sempre ouvimos
que
o resultado das eleições é seguro. Fica o descrédito com o
sistema e aquela insegurança em saber se realmente a votação foi
justa pela diferença de votos entre os dois candidatos”.
De
acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-ES), a Justiça
Eleitoral vem investindo na identificação biométrica — por meio
da impressão digital — para evitar que um eleitor,
equivocadamente, vote no lugar de outro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua visita foi muito importante. Faça um comentário que terei prazaer em responde-lo!
Abração
Dag Vulpi