quarta-feira, 24 de outubro de 2012

“Não há eleitor fantasma”, diz TRE, e eleitores estão indignados


O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) informou que já apurou os fatos ocorridos em Nova Venécia e que não houve falsificação de título. O órgão também nega que há eleitor fantasma no município.

De acordo com explicação do TRE, no último dia 7, uma eleitora com o primeiro nome semelhante ao de Carmem Mota Lusquinho — que morreu em 2001 — recebeu, equivocadamente, por parte dos mesários, autorização da seção 162
para votar no lugar da eleitora morta.

Destacou ainda que não houve prejuízo e nem benefício para nenhum dos candidatos ao cargo de vereador e prefeito do município, pois só houve, nesse caso, um voto concedido por uma eleitora viva para cada um dos cargos.

ANALFABETA
A Corte ainda explicou que o nome de Carmem não foi excluído do cadastro pois ela era analfabeta e, assim, o voto é facultativo, o que impossibilitou o cancelamento automático da inscrição. Além disso, não foi informado à Justiça Eleitoral da morte da eleitora.

O Cartório Eleitoral de Nova Venécia já convocou a eleitora que votou no lugar da morta para regularizar a sua situação.

O Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES), por meio da promotoria eleitoral de Nova Venécia, informou que existe um procedimento em apuração e que aguarda o denunciante para depoimento.

Eleitores do município de Nova Venécia mostraram indignação com o fato da eleitora que morre há 11 anos ter supostamente votado nas eleições municipais.
Há falhas principalmente com quem mexe com a organização das eleições. O processo está mal feito, porque não tem como uma pessoa votar após 11 anos de morta. Com a urna eletrônica, esse tipo de erro não deveria ocorrer. Um voto pode fazer toda a diferença. É uma falta de respeito com os cidadãos”, afirmou Daiane Sirqueira, recepcionista de 22 anos.

Já para Luciana Machado Ramos, 23 anos, caixa, o fato prejudica a imagem da cidade. “Sempre ouvimos que o resultado das eleições é seguro. Sempre ouvimos
que o resultado das eleições é seguro. Fica o descrédito com o sistema e aquela insegurança em saber se realmente a votação foi justa pela diferença de votos entre os dois candidatos”.

De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-ES), a Justiça Eleitoral vem investindo na identificação biométrica — por meio da impressão digital — para evitar que um eleitor, equivocadamente, vote no lugar de outro.

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