Sede do FMI: segundo o Relatório de Estabilidade Financeira, economias "enfrentam riscos domésticos relacionados às longas expansões do crédito" |
O
FMI acredita que os riscos aumentarão se ocorrerem turbulências
globais e se os fluxos de capital deixarem os países emergentes
Washington
- O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou nesta terça-feira
que é "provável" que as tensões financeiras nas
economias avançadas se estendam para mercados emergentes como a
China e o Brasil.
Apesar
da resistência mostrada até agora, estas economias "enfrentam
riscos domésticos relacionados às longas expansões do crédito"
se as tensões financeiras globais permanecerem ou aumentarem,
segundo o Relatório de Estabilidade Financeira do FMI divulgado
hoje.
O
FMI
acredita
que os riscos aumentarão se ocorrerem turbulências globais e se os
fluxos de capital, que vieram nos últimos anos atraídos pelos
mercados de bônus, deixarem os países emergentes.
Apesar
do organismo internacional ter afirmado que as autoridades destes
países "tomaram ações para ajustar suas políticas
macroeconômicas após a resposta inicial expansiva como consequência
da crise financeira global", o FMI lembrou que deve ser mantida
uma forte vigilância diante da incerteza.
O
relatório destacou que os bancos centrais do Brasil, China, Coreia
do Sul e África do Sul rebaixaram recentemente as "taxas de
juros de referência para diminuir o desaquecimento na atividade
econômica".
De
maneira complementar, o FMI recomendou que estas medidas sejam
apoiadas por políticas fiscais e monetárias "prudentes"
para proteger os países em tempos mais difíceis.
Neste
sentido, o fundo indicou Chile, Colômbia e Peru como exemplos de
economias que contam com "um relativo espaço de manobra"
frente a uma hipotética piora da situação econômica.
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