A
principal manifestação aconteceu em Brasília, onde centenas de pessoas
marcharam pela mesma avenida
Protestos
contra a corrupção marcaram as comemorações desta sexta-feira pelo 190º
aniversário do Dia da Independência em várias cidades do país e, em muitos
casos, os tradicionais desfiles militares foram seguidos de marchas de
manifestantes, na maioria vestidos de preto.
A
principal manifestação aconteceu em Brasília, onde centenas de pessoas
marcharam pela mesma avenida em que poucos minutos antes passou o grande
desfile militar liderado pela presidente Dilma Rousseff.
As
comemorações em que Dilma esteve presente também foram permeadas por
manifestações de policiais federais em greve, parentes de militares que exigem
aumentos salariais e até integrantes de um grupo feminista que, com os seios
expostos, conseguiram caminhar alguns metros à frente de um grupo de tanques de
guerra.
As
manifestações contra a corrupção, convocadas pelas redes sociais em pelo menos
58 cidades, reuniram milhares de pessoas no mesmo palco dos desfiles militares
em capitais como Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Curitiba.
Os
protestos, convocadas por ONGs que se dizem apartidárias, exigiram maior
empenho no combate à corrupção e exibiram cartazes em apoio ao julgamento que
do 'Mensalão'.
O
Supremo Tribunal Federal (STF), que ontem concluiu a segunda fase do processo,
já condenou oito dos 37 réus e absolveu outros dois. Foi o segundo ano
consecutivo em que ONGs convocaram manifestações contra a corrupção no Dia da
Independência.
Assim
como no ano passado, a maior parte dos manifestantes esperou que os militares
concluíssem seu desfile pela Esplanada dos Ministérios, a principal avenida de
Brasília, para marchar em frente às mesmas escadarias em que pouco antes cerca
de 40 mil pessoas assistiam aos desfiles militares.
Poucas
horas antes, a presidente abriu o desfile militar a bordo do Rolls Royce
'Silver Wraith' sem capota doado pela rainha Elizabeth II em 1953 e usado pelos
presidentes em ocasiões especiais.
Em
seu percurso, Dilma foi aplaudida por grande parte da multidão, mas também viu
cartazes de protesto de policiais federais em greve e de parentes de militares
exigindo aumentos salariais.
Após
chegar ao camarote presidencial, a governante assistiu ao resto do desfile ao
lado da filha Paula, do neto Gabriel, e de vários ministros, como o da Defesa,
Celso Amorim; o das Relações Exteriores, Antonio Patriota; a da Casa Civil, Gleisi
Hoffmann, a da Cultura, Ana de Hollanda e o das Comunicações, Paulo Bernardo
Silva; alguns ministros do STF e o presidente da Câmara dos Deputados, Marco
Maia.
O
desfile foi interrompido a vários metros do camarote presidencial por duas
integrantes da célula brasileira do Femen, o grupo internacional de feministas
nascido na Ucrânia e que ficou famoso porque suas ativistas costumam aparecer
sem camisa para lutar pelos direitos das mulheres.
As
duas manifestantes, que entraram na avenida usando apenas shorts e empunhando
cartazes com slogans feministas, foram retiradas à força por oito policiais e
levadas para uma delegacia.
O
desfile em Brasília foi encerrado com um espetáculo da 'Esquadrilha da Fumaça'.
Já a
celebração militar no Rio de Janeiro teve como novidade neste ano a exibição da
Bandeira Olímpica, recebida pelas autoridades municipais no mês passado no
encerramento dos Jogos Olímpicos de Londres 2012, já que a cidade será sede dos
jogos em 2016.
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