José
Eduardo Cardozo, e Luís Inácio Adams, elogiaram a indicação de Teori Zavascki
para o STF
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Por Luana Lourenço
Os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Advocacia-Geral da União,
Luís Inácio Adams, elogiaram hoje (11) a indicação do ministro do Superior
Tribunal de Justiça (STJ) Teori Zavascki para o Supremo Tribunal Federal (STF).
O nome foi indicado ontem (10) pela presidenta Dilma Rousseff e
precisa ser aprovado em sabatina no Senado. Zavascki vai substituir o ministro
Cezar Peluso, que deixou ao tribunal ao completar 70 anos no início do mês.
A indicação, na avaliação de Cardozo e
Adams, foi técnica, baseada no conhecimento jurídico do ministro, mas também
levou em consideração aspectos políticos. “Acho
que ele tem um perfil técnico forte. Evidentemente a escolha para ministro do
Supremo sempre é política no sentido graúdo da palavra, uma escolha que coloca
no Supremo alguém que é experimentado e que vai contribuir para as decisões
jurídicas do país”, disse Adams.
Segundo Cardozo, a indicação de
Zavascki levou em conta o currículo e a “dimensão
ética” do magistrado, mas não deixa de ser política. “Quando você faz um escolha de um ministro do STF, especialmente se você
faz uma escolha com critério, isso passa por uma avaliação que não deixa também
de ser política, mas [ocorre] a partir de um currículo, a partir de um
histórico, a partir de um conjunto de circunstâncias que formam essa convicção
política, porque toda nomeação e livre escolha de um chefe o Executivo tem
sempre uma natureza política”, ponderou.
Os ministros evitaram comentar a
possível participação de Teori Zavascki no julgamento da Ação Penal 470,
conhecida como processo do mensalão, que está em curso no STF. “Em relação à participação dele em qualquer
processo que já esteja em curso no Supremo, é uma questão que não nos cabe
opinar. É uma questão que passa pelo regimento do STF, pela compreensão que os
ministros do STF têm, e pela posição do próprio ministro, que, espero, seja
empossado rapidamente”, disse Cardozo.
Cotado para a vaga, Adams disse que
não foi surpreendido com a indicação de Zavascki e que está satisfeito à frente
da AGU. “Eu gosto de onde estou”,
desconversou.
A mensagem presidencial com a
indicação do novo ministro do STF deve ser lida hoje no Senado. A partir
da leitura, a matéria segue para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)
para ser analisada. Ontem (10) à noite, o presidente da comissão, Eunício
Oliveira (PMDB-CE), disse que colocará a mensagem em votação no próximo esforço
concentrado.
Catarinense de 64 anos, Zavascki nunca
esteve em uma lista de indicações para o Supremo. Ele é ministro do STJ desde
maio de 2003. Doutor em processo eleitoral, foi professor da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atualmente leciona na Universidade de
Brasília (UnB).
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