O
Supremo Tribunal Federal (STF) entra na terceira semana de julgamento do
mensalão nesta quinta-feira (16) com a responsabilidade de definir se os 37
réus são culpados ou inocentes. O processo está com um réu a menos porque o
caso do empresário Carlos Alberto Quaglia foi mandado ontem (15) para
a Justiça de primeiro grau .
Sobre
a votação, a única certeza até agora é que o primeiro ministro a falar será o
relator Joaquim Barbosa. O Tribunal ainda não definiu oficialmente como será a
sequência, questão que pode interferir diretamente no resultado do julgamento.
O ministro Cezar Peluso se aposenta compulsoriamente daqui a 15 dias e sua
participação só é garantida se ele puder adiantar seu voto – na ordem normal,
ele é o sétimo a se pronunciar.
De
acordo com a tradição do STF, é o relator que dá a configuração do julgamento
seguindo a estrutura de seu voto. Após a sessão de ontem (15), jornalistas
perguntaram ao relator se a disposição de seu voto poderia causar polêmica.
“Não posso dizer isso porque ainda nem revelei como irei votar”, respondeu.
Nas
questões preliminares dessa quarta-feira, os ministros seguiram a ordem normal
de votação: Barbosa primeiro, seguido pelo revisor Ricardo Lewandowski e demais
ministros, segundo a ordem de antiguidade, do mais novo ao decano, até chegar
ao presidente. No entanto, é normal ver alguns ministros mais antigos passando
à frente dos mais novos, especialmente quando têm uma tese divergente para
apresentar.
A
partir de hoje, o julgamento entra em ritmo mais tranquilo, com sessões apenas
às segundas, quartas e quintas-feiras. Na primeira fase, quando os advogados
dos 38 réus apresentaram a defesa na tribuna, as sessões eram diárias. Ainda
não há previsão de quando o julgamento será concluído.
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