O Produto Interno Bruto da zona do euro caiu 0,2% no segundo trimestre deste ano, em
comparação com o primeiro, informou a Eurostat. A queda poderia ter sido maior
caso a Alemanha não tivesse crescido 0,3% e o PIB da França ficado estagnado.
O resultado ficou em linha com a previsão dos economistas consultados
pela Dow Jones e segue-se a uma leitura estável nos três primeiros meses do
ano. Em relação ao segundo trimestre do ano passado, a economia teve contração
de 0,4%, também conforme o esperado.
A expansão da economia
da Alemanha e a estagnação da França - ambos desempenhos melhores do que as
previsões dos economistas - evitaram uma contração maior na zona do euro. No
entanto, com sinais de que essas duas economias enfrentarão dificuldades no restante
do ano, as perspectivas para a zona do euro poderão se deteriorar.
Alemanha
O PIB da Alemanha
cresceu 0,3% no segundo trimestre ante o trimestre anterior, de acordo com
dados ajustados sazonalmente divulgados nesta terça-feira, superando
ligeiramente as previsões devido às exportações sólidas e ao consumo. O
resultado impediu uma contração maior da zona do euro cuja economia encolheu
0,2% no período.
"As exportações
cresceram ligeiramente mais do que as importações", informou o Escritório
de Estatísticas em comunicado. "Além disso, em casa, tanto o consumo
privado quanto o doméstico foram maiores do que no trimestre anterior."
"A queda em
investimentos, em particular em equipamentos, pode ser compensada desta
maneira."
Os dados preliminares
também mostraram que o crescimento acelerou 0,5% na comparação com o mesmo
trimestre do ano anterior em termos não ajustados.
Pesquisa da Reuters
com 46 economistas havia previsto um crescimento de 0,2% na comparação
trimestral.
França
A economia da França
registrou crescimento zero pelo terceiro trimestre seguido nos três meses até o
final de junho, superando marginalmente as expectativas de uma pequena
contração devido ao aumento dos investimentos, informou nesta terça-feira a
agência de estatísticas INSEE.
Pesquisa da Reuters
com 35 economistas previa uma contração de 0,1%, com as estimativas variando
entre 0,0 por cento e recuo de 0,5%.
O detalhamento dos
números mostrou que o consumo das famílias, o motor da economia francesa,
contraiu 0,2% no segundo trimestre, depois de crescer 0,2% nos três primeiros
meses do ano.
Em contraste, o
investimento fixo de empresas cresceu 0,7% no segundo trimestre, depois de
contrair 1,4% nos três primeiros meses do ano. Muitas empresas haviam
desacelerado o investimento antes das eleições presidenciais em abril e maio.
As exportações
expandiram 0,2%, após um avanço de 0,1% no primeiro trimestre, mas uma alta das
importações significou que a performance geral do comércio exterior deteriorou
e prejudicou o crescimento no período.
Os dados do PIB
superaram ligeiramente uma estimativa na semana passada do Banco da França, o
banco central do país, que estimou que a economia francesa entraria em recessão
no terceiro trimestre com uma queda de 0,1%.
Os dados de inflação
para julho também publicados nesta terça-feira mostraram que os preços ao
consumidor caíram 0,5% na comparação com o mês anterior, de acordo com números
harmonizados para dados da União Europeia.
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