Mais cinco réus -
entre eles um ex-ministro e três ex-deputados - terão duas defesas apresentadas
hoje (14) no Supremo Tribunal Federal (STF), durante o julgamento do mensalão.
Na relação estão o ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto e os
ex-deputados Professor Luizinho (PT-SP), Paulo Rocha (PT-PA) e João Magno
(PT-MG), além Anita Leocádia Pereira da Costa, assessora parlamentar.
Como nos dias
anteriores, os advogados terão até uma hora para apresentar suas sustentações
orais em defesa dos clientes. É a penúltima etapa do julgamento dedicada à
defesa. Depois, começa a etapa dos votos dos 11 ministros da Suprema Corte.
A expectativa é que a
fase das defesas acabe amanhã (15). O primeiro a apresentar o voto será o
relator do processo, o ministro Joaquim Barbosa, que adiantou que seu voto tem
mais de mil páginas.
A primeira defesa de
hoje será feita pelo advogado Márcio Luiz da Silva, cujo cliente é o
ex-deputado Paulo Rocha, que responde por crime de lavagem de dinheiro. Pelo
mesmo crime respondem ainda o ex-deputado Professor Luizinho e João Magno,
defendido pelo advogado Wellington Alves Valente, além de Anita Costa,
defendida por Luís Maximiliano Leal Telesca Mota.
A última defesa do dia
será a do ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto, que responde pelos
crimes de lavagem de dinheiro e corrupção ativa. Na denúncia, ele é citado como
operador do esquema do mensalão - organizado para comprar o apoio de parlamentares
e para saldar dívidas de campanha com dinheiro não contabilizado, o chamado
caixa 2. Adauto será defendido por Castellar Modesto Guimarães Filho.
Nos últimos dias, as defesas dos réus insistiram na inocência de seus clientes, mas vários advogados admitiram a existência de caixa 2 embora não tenham reconhecido a existência do esquema do mensalão.
Nos últimos dias, as defesas dos réus insistiram na inocência de seus clientes, mas vários advogados admitiram a existência de caixa 2 embora não tenham reconhecido a existência do esquema do mensalão.
Ao apresentar a
denúncia, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu a condenação
de 36 dos 38 réus. Ele exclui da condenação por falta de provas o ex-ministro
da Comunicação Social da Presidência da República Luiz Gushiken e o assessor do
PL (atual PR) Antonio Lamas.
Para Gurgel, é
fundamental a justa aplicação de penas, marcando o que chamou de “paradigma
histórico”. Para cada situação, ele apontou um crime. Os delitos citados
na denúncia, variando conforme o réu, são formação de quadrilha, corrupção
ativa e passiva, peculato, evasão de divisas, gestão fraudulenta de instituição
financeira e lavagem de dinheiro.
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