A medida provisória
(MP) que estabelece as regras para a política de desoneração de impostos
para equipamentos e obras necessárias à implantação de redes de banda larga
deve ser votada no Senado a partir do dia 7 de agosto, segundo informações
obtidas pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Em entrevista ao Programa
3 a 1, da TV Brasil, o ministro disse acreditar também que as punições
aplicadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a empresas do
setor representam um importante passo para que, futuramente, elas ofereçam
“padrão de atendimento europeu” aos consumidores. O programa vai ao ar nesta
quarta-feira às 22h.
“As empresas terão de
ampliar [os investimentos] porque o Brasil é um mercado que continuará como o
queridinho delas. Agora queremos padrão europeu de atendimento”, disse Paulo
Bernardo. Ele acrescentou que, pelas informações a que teve acesso, os planos apresentados
pelas empresas têm evoluído significativamente, após seguidas reuniões com a
Anatel.
Segundo ele, um dos
fatores que resultaram na punição das empresas foi a pane em alguns call
centers. “Com isso, as reclamações foram dirigidas [diretamente] à Anatel”,
disse. “O volume de ocorrências, que inclui chamadas não contempladas ou que
caem, ou mesmo dificuldades para a obtenção de sinais, aumentou de tal maneira
que a Anatel teve de mostrar de que lado estava. Se estava do lado das empresas
ou do consumidor.”
Desde o dia 23 de
julho, está em vigor a proibição da
venda de linhas de telefonia celular e internet em 19 unidades
federativas para a operadora TIM, em cinco para a Oi e em três para a
Claro, conforme determinação da Anatel.
De acordo com o
ministro, a agência está focada na melhoria do ambiente regulatório e de
negócios, e também em atender às demandas do consumidor. “A Vivo não foi
punida, mas está sendo cobrada porque também terá de aumentar os
investimentos”, acrescentou.
Sobre a MP que trata
da desoneração que beneficiará os investimentos a serem feitos pelas empresas
em infraestrutura, Paulo Bernardo disse que “deverá entrar na pauta do Senado
dia 7 de agosto” e que a matéria poderá ser votada “nos próximos dez dias”.
“Estamos tirando
impostos para a construção de redes de telecomunicações. Isso já tramitou
dentro do governo, ainda que não com a velocidade que poderia, até por termos
de olhar a situação fiscal e [os ministérios da] Fazenda e Planejamento terem
de olhar a questão orçamentária, para saber quanto custará e como ficará a
retirada do imposto”, justificou o ministro.
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