O governo brasileiro e
a representação da Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil assinaram
carta de intenções em que se comprometem a promover políticas conjuntas e
interseccionais (que cruzam diversas identidades culturais) sobre gênero, raça
e etnia. O documento firma compromissos que vão dar continuidade à cooperação
que as Nações Unidas realizam no país nos três temas.
De acordo com o
coordenador residente da ONU no Brasil, Jorge Chediek, "a experiência
mostra que o sucesso da cooperação em favor das populações mais pobres só
funciona bem se houver eficiente coordenação intersetorial". A integração
de políticas de inclusão no Brasil nas áreas da segurança alimentar, da
saúde e a da educação "são exemplos exitosos", segundo ele, de
"como tudo funciona bem quando é feito com boa coordenação".
Chediek diz que
"é necessário convergência de trabalho entre o setor público e
privado para sucesso das iniciativas". O embaixador acredita que,
trabalhando assim, o Brasil vai conseguir reduzir em 50%, até 2015, o
contingente populacional que está na pobreza.
A ministra da
Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luiza
Bairros, presidiu a cerimônia que oficializou a carta de intenções, assinada
também pelo chefe da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das
Relações Exteriores, ministro Marco Farani, e pelos representantes dos
organismos internacionais que colaboram com os programas no Brasil.
O governo da Espanha
aplicou desde 2007 recursos de R$ 1,5 bilhão em 130 programas internacionais
que trabalham para erradicar a pobreza e promover a inclusão social em 50
países de cinco regiões do mundo, sob a coordenação da Nações Unidas. Nesse
período, somente no Brasil, o governo espanhol aplicou cerca de R$ 60 milhões
em três programas sociais ligados aos Oito Objetivos do Milênio, com foco para
as áreas de atuação da Secretaria de Políticas para as Mulheres e da Seppir.
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