A Advocacia-Geral da
União (AGU) já apresentou uma reclamação ao presidente do Supremo Tribunal
Federal (STF) pedindo que seja suspensa a decisão da Justiça Federal que
determinou a paralisação das obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. A
matéria tem que ser tratada no STF por se tratar de questão constitucional.
Na semana passada, o
Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) votou pela suspensão imediata das
obras de Belo Monte por descumprimento à determinação da Constituição Federal
que obriga a realização de audiências públicas com as comunidades afetadas
antes da autorização das obras. A empresa Norte Energia, responsável pela
construção da usina, suspendeu ontem (23) a execução das obras e de todas as
atividades vinculadas diretamente ao empreendimento.
No pedido, o
advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, argumenta que a decisão do TRF deve
ser suspensa “para que se evite a ocorrência de dano vultoso e irreparável ao
patrimônio público, à ordem administrativa, à ordem econômica, e à política
energética brasileira”. Ele também argumenta que a decisão da Justiça
desrespeita a autoridade de um acórdão anterior proferido pelo plenário do
Supremo Tribunal Federal.
De acordo com o
desembargador Souza Prudente, relator do processo que determinou a paralisação
das obras, a liberação só vai acontecer depois que o Congresso Nacional
realizar e aprovar a consulta às comunidades afetadas. Os parlamentares também
terão que editar um novo decreto legislativo autorizando as obras em Belo
Monte.
Ayres Britto quer ouvir Ministério
Público antes de se decidir sobre Belo Monte
O
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto, não irá se
decidir hoje (24) sobre a reclamação apresentada pelo governo contra a
paralisação das obras na Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Em despacho
publicado nesta tarde, no site do STF, o presidente abriu prazo de 24
horas para o procurador-geral da República se manifestar sobre o pedido.
A reclamação
foi apresentada ontem (23) no STF, pela Advocacia-Geral da União (AGU). A AGU
contesta decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que
suspendeu as obras por entender que a Constituição foi desrespeitada, uma vez
que as comunidades afetadas não foram devidamente ouvidas antes da autorização
para realização das obras.
Para
a AGU, a decisão do TRF deve ser suspensa “para que se evite a ocorrência de
dano vultoso e irreparável ao patrimônio público, à ordem administrativa, à
ordem econômica, e à política energética brasileira”. O órgão também argumenta
que a decisão da Justiça desrespeita a autoridade de um acórdão anterior
proferido pelo plenário do STF.
A
reclamação foi distribuída diretamente para o gabinete da presidência do STF,
por ter correspondência com outra ação sobre o mesmo assunto. Em 2007, a então
presidenta da Corte, Ellen Gracie, concedeu liminar liberando a obra, mas não
submeteu o assunto aos demais ministros.
A
empresa Norte Energia, responsável pela construção da usina, suspendeu ontem a
execução das obras e de todas as atividades vinculadas diretamente ao
empreendimento.
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