O presidente da
executiva municipal do Partido Democrático Trabalhista (PDT), Walter Meireles,
disse que a coligação com o PSDB será mantida e que o mal entendido com Jenner
Rodrigues Silva só serve para atrapalhar a campanha dos sete vereadores registrados
na coligação “Muito mais para Vitória”, com Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB).
Até o momento, o partido aguarda decisão judicial que deverá ser publicada nos
próximos três ou quatro dias úteis. Walter falou ainda que após a decisão
judicial, o PDT municipal deverá se reunir com a executiva estadual para
discutir o destino dos partidários que lançaram candidatura individual.
Com o impasse entre
manutenção ou não da aliança partidária com o PSDB, os candidatos inscritos na
coligação ficam impedidos de trabalharem com as peças publicitárias de
campanha. Todavia, o presidente estadual da sigla, o deputado federal Doutor
Jorge Silva, disse que os materiais de divulgação já foram desenvolvidos e
aguardam a decisão judicial para serem impressos. “Tenho certeza que essa
aliança será vitoriosa e que iremos eleger nossos vereadores”, relatou Jorge.
Segundo Walter
Meireles, atualmente o PDT municipal tem duas metas: a primeira é solucionar o
caso Jenner e a segunda formar uma comissão de ética para decidir qual o destino
dos oito partidários que se inscreveram em candidaturas individuais. “Eles
assinaram a ata, mas agiram de forma contrária”, completou.
O tesoureiro da
executiva estadual, Junior Fialho, destacou que o PDT foi pego de surpresa
pelos partidários e que a executiva não irá se omitir em um caso como este.
Além disso, o PDT já pediu ao Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo
(TER-ES), a impugnação da candidatura de Jenner. “Iremos analisar o caso de
acordo com o estatuto do partido e aplicar as penalidades cabíveis”, afirmou.
Nesses casos, segundo Fialho a punição pode levar até mesmo em expulsão dos
membros do partido.
Em entrevista
concedida para o ESHOJE, o advogado Marcelus Ferreira Pinto, o PDT já
apresentou defesa e fez o pedido de impugnação da candidatura de Jenner baseado
em uma parte da ata de convenção, onde o possível candidato concorda com as
decisões apresentadas no dia pela executiva. “Ele concordou com uma coisa e
depois fez outra, a assinatura dele está na ata concordando com todas as propostas
apresentadas”, disse Marcelus.
Entenda o caso
O mal entendido dentro
do partido foi causado pela disputa interna entre Jenner e o deputado federal
Carlos Manato. No dia da convenção do PDT, o deputado federal concorreu com
Jenner Rodrigues Silva e ganhou internamente a possibilidade de concorrer às
eleições municipais, mas abriu mão da disputa por acreditar que não seria
viável para a chapa de vereadores, firmando aliança com o tucano. “Ficou
acordado em convenção que se eu não me candidatasse o partido não concorreria
com a majoritária”, declarou Manato.
Contudo, Jenner
recorreu à Justiça na última hora para disputar a prefeitura de Vitória,
ameaçando a aliança do PDT ao PSDB de Luiz Paulo Vellozo Lucas. Jenner também
pediu impugnação da chapa de 34 vereadores de PSDB, PMDB e PDT na Capital.
“Minha candidatura já
existe, foi homologada. Segui todos os trâmites. Quanto à chapa de vereadores,
o juiz já indeferiu. Mostrei que a ata da convenção do PDT foi alterada,
mudaram a minuta. Sou o único candidato de fato”, declara Jenner. Na formação
da chapa do pedetista, estão os oito candidatos do partido que não se coligaram
com o PSDB.
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