A recuperação da atividade econômica do Brasil tem sido “bastante gradual”, mas a perspectiva é que o ritmo seja mais intenso no atual semestre. A avaliação consta da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), divulgada hoje (19).
O Copom tem reduzido a taxa básica de juros como uma forma de estimular a atividade econômica brasileira, que enfrenta efeitos da crise econômica internacional. No último dia 11, a Selic sofreu um corte de 0,5 ponto percentual,
para 8% ao ano, o menor nível desde que a atual política monetária foi adotada, no início de 1999.
Para o comitê, houve “recuo na probabilidade de ocorrência de eventos extremos nos mercados financeiros internacionais". Mas a ata destaca que "desenvolvimentos recentes indicam postergação de uma solução definitiva para a crise financeira europeia”.
Na avaliação do Copom, devido à “fragilidade da economia global, a contribuição do setor externo tem sido desinflacionária” para o Brasil porque contém a demanda por produtos e serviços. Mas, a partir deste semestre, a expectativa é que a demanda doméstica se apresente robusta, "especialmente o consumo das famílias, em grande parte devido aos efeitos de fatores de estímulo, como o crescimento da renda e a expansão moderada do crédito”. A ata destaca ainda que as recentes reduções da taxa Selic, desde agosto do ano passado, ainda vão causar impactos na atividade econômica.
Para o comitê, o cenário prospectivo para a inflação manteve sinais favoráveis. O Copom ressalta também que, no cenário central com que trabalha, a taxa de inflação se posicionará em torno da meta em 2012. A meta de inflação é 4,5%, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Segundo a ata, “a inflação acumulada em 12 meses, que começou a recuar no último trimestre do ano passado, tende a seguir em declínio e, assim, a se deslocar na direção da trajetória de metas”.
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