Brasília - O superávit primário, receitas menos despesas, excluídos os
juros da dívida, do setor público consolidado – governo federal, estados,
municípios e empresas estatais – chegou a R$ 2,653 bilhões, em maio, segundo
dados divulgado hoje (29) pelo Banco Central (BC). O resultado é bem menor do
que o registrado em igual mês de 2011, R$ 7,506 bilhões.
Nos cinco primeiros meses do ano, o superávit primário ficou em R$
62,865 bilhões, ante R$ 64,82 bilhões registrados de janeiro a maio de
2011. Em 12 meses encerrados em maio, o resultado ficou em R$ 126,756 bilhões,
o que representa 2,97% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto
(PIB). A meta para este ano é R$ 139,8 bilhões.
O esforço fiscal do setor público não foi suficiente para cobrir os
gastos com os juros nominais (encargos financeiros) que incidem sobre a dívida.
Esses juros chegaram a R$ 18,717 bilhões, em maio, e acumularam R$ 94,908
bilhões, nos cinco meses do ano. Com isso, o déficit nominal, que são receitas
menos despesas, incluídos os gastos com juros, ficou em R$ 16,064 bilhões, no
mês passado, e em R$ 32,043 bilhões, de janeiro a maio.
Nos cinco meses, o Governo Central (Banco Central, Tesouro Nacional e
Previdência) registrou superávit primário de R$ 46,043 bilhões, enquanto os
governos regionais (estaduais e municipais) apresentaram resultado de R$ 17,202
bilhões. As empresas estatais, excluídos os grupos Petrobras e Eletrobras,
tiveram de déficit de R$ 380 milhões.
Somente em maio, o superávit primário do Governo Central foi R$ 1,558
bilhão. Os governos regionais registraram R$ 1,246 bilhão e as empresas
estatais, déficit de R$ 151 milhões.
Por Kelly Oliveira Repórter da Agência Brasil | Edição: Juliana
Andrade
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