Brasília – A manutenção da meta de inflação em 4,5% para 2013 e 2014,
com tolerância de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, é essencial
para não comprometer a credibilidade da política econômica brasileira, disse
hoje (28) o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio
Holland. De acordo com ele, esse foi o principal motivo pelo qual o Conselho
Monetário Nacional (CMN) optou por não reduzir a meta, apesar da queda da
inflação nos últimos meses.
“A meta de inflação brasileira está dentro dos padrões de
credibilidade internacional. Vários países que anunciaram metas inferiores à
nossa estão com a inflação no teto ou até ultrapassaram os limites”, declarou
Holland.
Para o secretário, a inflação tende a convergir para o centro da meta
porque, diferentemente de outros anos, não está pressionada pelos preços das commodities (alimentos
e minérios com cotação internacional) e por causa da retração econômica no
exterior. “A inflação brasileira tem sido muito influenciada por fatores
externos”, justificou.
Holland ressaltou a queda expressiva da inflação acumulada. “O país
vem apresentando capacidade interessante de 'desinflacionarização'. Até
setembro do ano passado, o IPCA [Índice de Preços ao Consumidor Amplo] no
acumulado de 12 meses estava em 7,31%. Agora, a taxa caiu para 4,99% ao ano e
tende cada vez mais a convergir para centro da meta”, declarou.
Na reunião de hoje, o CMN também oficializou a redução da Taxa de
Juros de Longo Prazo (TJLP) para 5,5% ao ano. A TJLP é a taxa cobrada nos
financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
e estava em 6% ao ano desde julho de 2009. Por Daniel Lima e Wellton Máximo Via
Agência Brasil
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