Geraldo Luzia de
Oliveira Junior, o Juninho. Vice-prefeito de Cariacica, é o indicado pelo
Partido Popular Socialista (PPS) para concorrer a vaga de prefeito. Nesta
entrevista ele fala de um novo momento para a política da cidade de Cariacica,
como o partido chegou ao seu nome para o concurso eleitoral e as estratégias de
campanha.
Professor de
Educação Física, ex-jogador de futebol profissional, futsal e futebol de areia.
Juninho já possui histórico na executiva cariaciquense, pois já ocupou as
cadeiras de Secretário Municipal de Cultura, Esporte e Lazer e acompanhou o
último mandato do atual prefeito Helder Salomão (PT) como vice, com quem rompeu
há dois anos.
Para
Juninho, Cariacica precisa de reforma tributária e política, urgentes. Ele
ressalta, ainda, a necessidade de atrair novos investimentos empresariais para
criar vagas de emprego e também novas formas de criação de receita para o
município.
Quando
questionado sobre a antiga aliança entre o PPS e o PT, o vice-prefeito diz que
há muito respeito entre as duas siglas e que a disputa ao Executivo municipal
será desafiador, mas que não será impossível vencer esta batalha.
“O PT também
já apresentou um nome para o concurso municipal e toda candidatura será
respeitada”, completou. A convenção do PPS de Cariacica está marcada para o dia
29 – o prazo limite para a apresentação das convenções para o pleito de 2012
termina dia 30.
Por
que ser prefeito de Cariacica?
Juninho: É
um conjunto de fatores. Primeiro foi à indicação popular na eleição passada
quando me candidatei a deputado federal. O único deputado federal que Cariacica
elegeu foi Aloisio Santos e nem ele teve a mesma quantidade de votos que eu
tive, proporcional na época, isso foi muito simbólico para a minha decisão.
Segundo foi a manifestação do partido. Quando une a vontade partidária com a
vontade da comunidade, nós temos que fazer as análises. Então eu entendi que
perante os projetos que o partido tem é excelente e agora é o momento. Sempre
brinquei com a situação política de Cariacica, mas o debate da candidatura de
fato, se deu após observarmos nos últimos anos a evolução da região da Grande
Vitória e de Cariacica. O fato de eu ter acompanhado o mandato de Helder
Salomão (PT) me fez entender quer eu estava preparado para assumir a prefeitura
e fazer aquilo que nós, como cidadãos, entendemos quais são as maiores
necessidades do município. Eu cresci junto com a cidade e agora tendo a chance
de assumir a administração, eu me sinto muito preparado.
Como está
sendo trabalhada a candidatura no PPS?
No mês
passado tivemos a visita do presidente da executiva nacional do partido,
Roberto Freire, que lançou a minha pré-candidatura e a pré-candidatura de
Luciano Rezende, na capital. Para Cariacica é um momento ímpar, vivemos um
momento histórico na política, pois uma figura respeitada como Roberto Freire
vir pela segunda vez a nossa cidade, foi o reconhecimento do trabalho de um
grupo e de um movimento político que está dando resultado para o partido. Hoje
o PPS é oposição ao PT em nível nacional, consequentemente, quando Cariacica
entra nesse cenário, aumenta mais ainda o interesse da nacional de que façamos
o prefeito da cidade. Além disso, temos a projeção de eleger dois vereadores.
Prefeito sozinho não chega a lugar nenhum.
Hoje, qual a
atual situação entre PPS e PT?
Todas as candidaturas são legítimas. É muito justo que a atual administração
tenha o interesse em ter um candidato à sucessão da atual administração que é
petista. Acho justo. Nós teremos uma disputa desafiadora na cidade, mas
encaramos isso de uma maneira muito natural com os adversários que se
apresentaram. A atual administração teve oito anos para sinalizar a
oportunidade de crescimento de outras siglas, não serão em três meses do
processo eleitoral que fará novos aliados. Se não conseguiu nesse prazo dos
mandatos, não será agora este momento.
Como andam
as conversas de aliança do PPS de Cariacica?
No caso do PPS com o Juninho, não estamos discutindo um grupo, estamos
trabalhando uma composição em prol da cidade, que vem pra renovar não só a
administração de Cariacica, mas também a política da cidade, que precisa de
oxigênio e de um grupo que seja respeitado a nível estadual. Hoje faltam atores
políticos na cidade, por isso estamos conversando com outras lideranças para
discutirmos isso. Atualmente o partido tem realizado várias conversas, estamos
em fase de noivado. Posso adiantar que partiremos da base de aliança nacional,
que o DEM e o PSDB, para depois avançarmos com os partidos locais.
Já existe
algum projeto de administração para a cidade?
Nós temos muitos desafios na cidade que precisam ser encarados com muita
técnica, de forma política, mas também com a experiência de vida que nós temos
na cidade. Hoje a questão da saúde na cidade se encontra em uma situação muito
delicado e a gestão precisa atender os níveis de necessidade da população.
Investimentos em segurança pública, pois é inadmissível o Governo Estadual e
Federal oferecerem equipamentos de vídeo monitoramento e esbarrar na lentidão
da administração municipal, sabemos que não resolverá o problema de segurança
em Cariacica, mas irão auxiliar não só com a segurança pública, mas também no
monitoramento do transito local, também iremos trabalhar com políticas
preventivas nas polícias civil e militar. Outra questão é a educação municipal,
temos projetos para implantar escola em tempo integral e se isso não for
possível no inicio do nosso mandato iremos montar atividades de contra turno,
onde as crianças ficarão sob orientação de profissionais. Além disso, temos um
projeto de reavaliação do IPTU cobrado da população cariaciquense, onde o
morador que não possuir infraestrutura de ruas pavimentadas, não pagará o mesmo
valor das regiões que disponibilizam este serviço para a comunidade.
Quais serão
os impactos da extinção do Fundap para Cariacica?
O reflexo de redução na receita para 2013 vai chegar um pouco tímido. O maior
impacto para Cariacica acontecerá entre 2014 e 2015, porque será uma perda
enorme para a cidade, é um desafio ainda maior para administrar, mas iremos
usar a criatividade e buscar outros meios de captar recursos. Vejo que uma das
alternativas para a situação, é a criação de um polo industrial, um espaço
digno para receber as empresas, por isso a necessidade da reforma tributária.
Os impostos para o setor privado precisam ser mais atrativos, para que possa
gerar empregos e que essas vagas possam ser preenchidas pela população local.
Hoje Cariacica gera emprego, mas as vagas nem sempre são ocupadas pelo cidadão
cariaciquense. Por isso, tenho um projeto de educação continuada, para dar
condições de gerar mais renda a comunidade e movimentar a economia da nossa
cidade.
Com informações do ESHOJE
Com informações do ESHOJE
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