domingo, 17 de junho de 2012

Juninho: “disputa em Cariacica vai ser desafiadora”


Geraldo Luzia de Oliveira Junior, o Juninho. Vice-prefeito de Cariacica, é o indicado pelo Partido Popular Socialista (PPS) para concorrer a vaga de prefeito. Nesta entrevista ele fala de um novo momento para a política da cidade de Cariacica, como o partido chegou ao seu nome para o concurso eleitoral e as estratégias de campanha.

Professor de Educação Física, ex-jogador de futebol profissional, futsal e futebol de areia. Juninho já possui histórico na executiva cariaciquense, pois já ocupou as cadeiras de Secretário Municipal de Cultura, Esporte e Lazer e acompanhou o último mandato do atual prefeito Helder Salomão (PT) como vice, com quem rompeu há dois anos.

Para Juninho, Cariacica precisa de reforma tributária e política, urgentes. Ele ressalta, ainda, a necessidade de atrair novos investimentos empresariais para criar vagas de emprego e também novas formas de criação de receita para o município.
Quando questionado sobre a antiga aliança entre o PPS e o PT, o vice-prefeito diz que há muito respeito entre as duas siglas e que a disputa ao Executivo municipal será desafiador, mas que não será impossível vencer esta batalha.

“O PT também já apresentou um nome para o concurso municipal e toda candidatura será respeitada”, completou. A convenção do PPS de Cariacica está marcada para o dia 29 – o prazo limite para a apresentação das convenções para o pleito de 2012 termina dia 30.

Por que ser prefeito de Cariacica?
Juninho: É um conjunto de fatores. Primeiro foi à indicação popular na eleição passada quando me candidatei a deputado federal. O único deputado federal que Cariacica elegeu foi Aloisio Santos e nem ele teve a mesma quantidade de votos que eu tive, proporcional na época, isso foi muito simbólico para a minha decisão. Segundo foi a manifestação do partido. Quando une a vontade partidária com a vontade da comunidade, nós temos que fazer as análises. Então eu entendi que perante os projetos que o partido tem é excelente e agora é o momento. Sempre brinquei com a situação política de Cariacica, mas o debate da candidatura de fato, se deu após observarmos nos últimos anos a evolução da região da Grande Vitória e de Cariacica. O fato de eu ter acompanhado o mandato de Helder Salomão (PT) me fez entender quer eu estava preparado para assumir a prefeitura e fazer aquilo que nós, como cidadãos, entendemos quais são as maiores necessidades do município. Eu cresci junto com a cidade e agora tendo a chance de assumir a administração, eu me sinto muito preparado.

Como está sendo trabalhada a candidatura no PPS?
No mês passado tivemos a visita do presidente da executiva nacional do partido, Roberto Freire, que lançou a minha pré-candidatura e a pré-candidatura de Luciano Rezende, na capital. Para Cariacica é um momento ímpar, vivemos um momento histórico na política, pois uma figura respeitada como Roberto Freire vir pela segunda vez a nossa cidade, foi o reconhecimento do trabalho de um grupo e de um movimento político que está dando resultado para o partido. Hoje o PPS é oposição ao PT em nível nacional, consequentemente, quando Cariacica entra nesse cenário, aumenta mais ainda o interesse da nacional de que façamos o prefeito da cidade. Além disso, temos a projeção de eleger dois vereadores. Prefeito sozinho não chega a lugar nenhum.

Hoje, qual a atual situação entre PPS e PT?
Todas as candidaturas são legítimas. É muito justo que a atual administração tenha o interesse em ter um candidato à sucessão da atual administração que é petista. Acho justo. Nós teremos uma disputa desafiadora na cidade, mas encaramos isso de uma maneira muito natural com os adversários que se apresentaram. A atual administração teve oito anos para sinalizar a oportunidade de crescimento de outras siglas, não serão em três meses do processo eleitoral que fará novos aliados. Se não conseguiu nesse prazo dos mandatos, não será agora este momento.

Como andam as conversas de aliança do PPS de Cariacica?
No caso do PPS com o Juninho, não estamos discutindo um grupo, estamos trabalhando uma composição em prol da cidade, que vem pra renovar não só a administração de Cariacica, mas também a política da cidade, que precisa de oxigênio e de um grupo que seja respeitado a nível estadual. Hoje faltam atores políticos na cidade, por isso estamos conversando com outras lideranças para discutirmos isso. Atualmente o partido tem realizado várias conversas, estamos em fase de noivado. Posso adiantar que partiremos da base de aliança nacional, que o DEM e o PSDB, para depois avançarmos com os partidos locais.

Já existe algum projeto de administração para a cidade?
Nós temos muitos desafios na cidade que precisam ser encarados com muita técnica, de forma política, mas também com a experiência de vida que nós temos na cidade. Hoje a questão da saúde na cidade se encontra em uma situação muito delicado e a gestão precisa atender os níveis de necessidade da população. Investimentos em segurança pública, pois é inadmissível o Governo Estadual e Federal oferecerem equipamentos de vídeo monitoramento e esbarrar na lentidão da administração municipal, sabemos que não resolverá o problema de segurança em Cariacica, mas irão auxiliar não só com a segurança pública, mas também no monitoramento do transito local, também iremos trabalhar com políticas preventivas nas polícias civil e militar. Outra questão é a educação municipal, temos projetos para implantar escola em tempo integral e se isso não for possível no inicio do nosso mandato iremos montar atividades de contra turno, onde as crianças ficarão sob orientação de profissionais. Além disso, temos um projeto de reavaliação do IPTU cobrado da população cariaciquense, onde o morador que não possuir infraestrutura de ruas pavimentadas, não pagará o mesmo valor das regiões que disponibilizam este serviço para a comunidade.

Quais serão os impactos da extinção do Fundap para Cariacica?
O reflexo de redução na receita para 2013 vai chegar um pouco tímido. O maior impacto para Cariacica acontecerá entre 2014 e 2015, porque será uma perda enorme para a cidade, é um desafio ainda maior para administrar, mas iremos usar a criatividade e buscar outros meios de captar recursos. Vejo que uma das alternativas para a situação, é a criação de um polo industrial, um espaço digno para receber as empresas, por isso a necessidade da reforma tributária. Os impostos para o setor privado precisam ser mais atrativos, para que possa gerar empregos e que essas vagas possam ser preenchidas pela população local. Hoje Cariacica gera emprego, mas as vagas nem sempre são ocupadas pelo cidadão cariaciquense. Por isso, tenho um projeto de educação continuada, para dar condições de gerar mais renda a comunidade e movimentar a economia da nossa cidade.


Com informações do ESHOJE


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