Na véspera
de completar dois meses da deflagração da “Operação Lee Oswald”, o governo do
Estado decretou um ponto final na relação com a empresa Pulizie Itália Serviços
Gerais Ltda, uma das acusadas de participação nas fraudes em licitações em
Presidente Kennedy. Foi publicada nesta segunda-feira (18) a oficialização da
rescisão de dois acordos que a empresa mantinha na Secretaria de Planejamento.
Os atos são assinados pelo titular da pasta, Guilherme Henrique Pereira, e
valem desde o início do mês.
Logo depois de figurar nas investigações de fraudes, o governo agiu rápido para acabar com qualquer tipo de relação com a empresa – registrada em nome de laranjas do empresário Cláudio Ribeiro Barros, dono da Master Petro, de acordo com as investigações da Polícia Federal. Ao contrário da “empresa matriz”, que mantém contratos vultosos desde o governo passado, a Pulizie ficava com os contratos nanicos.
No caso do contrato com a Secretaria de Planejamento, a empresa havia sido contratada para o fornecimento de copeira e garçons ao custo de R$ 363 mil, pelo prazo de 36 meses. Antes desta rescisão, a Agência de Serviços de Energia do Estado (Aspe) também havia rompido com a empresa. O contrato, também de fornecimento de mão de obra, era estimado em pouco mais de R$ 18 mil, valor ainda mais ínfimo se comparado ao montante envolvido nas suspeitas em Kennedy.
No município, a Pulizie Itália havia sido escolhida para comandar a terceirização no município ao custo de R$ 18,23 milhões. De acordo com as investigações da Polícia Federal, todo o processo licitatório foi direcionado para a vitória da empresa. Nos autos do inquérito da “Lee Oswald”, o nome de Cláudio Barros é associado ao prefeito afastado do município, Reginaldo Quinta, preso desde o dia 19 de abril. O empresário é membro da comissão provisória do PTB estadual, mesmo partido de Quinta.
Interceptações telefônicas feitas durante as investigações também relacionam Cláudio Barros ao conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), José Antônio de Almeida Pimentel. O empresário teria se colocado como intermediário de encontros entre o prefeito e o conselheiro, que relata a maior parte das denúncias contra a prefeitura de Presidente Kennedy. Em carta divulgada à imprensa, o conselheiro negou conhecer e ter qualquer tipo de relação com o empresário.
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