Um prefeito preso por suspeitas de corrupção e afastado pela Câmara de
Vereadores de um lado. Do outro, um ex-prefeito condenado à prisão pela Justiça
por aplicação indevida de verbas públicas. Esse é o provável cenário das
próximas eleições em Presidente Kennedy, rico município no litoral sul
capixaba. Mesmo atrás das grades há mais de dois meses, o prefeito Reginaldo
Quinta (PTB) foi confirmado nesta semana como candidato à reeleição. Seu
principal adversário será seu ex-aliado, o ex-prefeito Aluízio Correa (PR), que
terá a candidatura homologada neste sábado (30).
A confusão política em Presidente Kennedy – também alvo de um pedido de intervenção feito pelo Ministério Público Estadual (MPES) – corrobora com o quadro de instabilidade entre as instituições no chamado Emirados Árabes capixabas. Os dois principais candidatos são alvos de pesadas ações judiciais, relegando a pobre população a uma condição de mero espectador na arena política.
No cenário atual, Quinta mantém o prestigio junto à parcela significativa da população, sobretudo, aquela contemplada pela política assistencialista do petebista. Parte do eleitorado chegou a pedir o retorno dele ao cargo, mesmo após ser apontado nas investigações da Polícia Federal como o chefe da quadrilha que se instalou no município, acusada de desvios da ordem de R$ 55 milhões.
Politicamente, o prefeito afastado goza de condições favoráveis em relação ao atual grupo que comanda o município – liderado pelo vereador Jardeci de Oliveira Terra (PMDB), que assumiu o comando da prefeitura interinamente. Dentro do partido, Quinta conta com um aliado de primeira hora no comando do diretório municipal, Stéfano Stulzer de Almeida, o Maradona, que chegou a ser apontado com provável vice na chapa.
Apesar do clima de favoritismo do prefeito preso, o principal concorrente que surge no mercado política kennedense é o ex-prefeito Aluízio Correa – que teve Quinta como vice no mandato que se encerrou em 2007. O republicano também enfrenta uma situação delicada na Justiça.
Na semana passada, o juiz Ronaldo Domingues de Almeida confirmou uma condenação do republicano a uma pena de seis anos de reclusão em uma ação penal que tratava da aplicação indevida de verbas públicas no ano de 2002. Ele responde ainda a uma Ação Civil Pública também movida pelo Ministério Público, há quase sete anos. Via SD
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