quarta-feira, 18 de abril de 2012

OS DENUNCIADOS NA CPI DO CACHOEIRA


CPI do Cachoeira será criada nesta quinta-feira 19/04 no Congresso

As mesas do Senado e da Câmara já conferiram as assinaturas dos parlamentares no requerimento que pede a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o esquema criado pelo empresário do ramo de jogos ilegais Carlinhos Cachoeira. O documento será lido no plenário do Congresso --ato que formaliza a criação da comissão-- nesta quinta-feira (19) às 10h30.

Veja a relação dos citados na investigação sobre Carlinhos Cachoeira

01 - O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT)
O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), teria tentado negociar com o bicheiro Carlinhos Cachoeira segundo grampos telefônicos divulgados pelo jornal "O Estado de S.Paulo"; diálogos gravados pela PF também indicam suposta cobrança de propina no governo do DF em relação a contratos de lixo. O governador nega as acusações e diz que elas são "tentativas desesperadas" de incluir o PT no escândalo.


02 – O senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO)
Escutas da PF reproduzidas em reportagens de diversos veículos da imprensa mostram que o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), à esquerda, é suspeito de receber presentes e favores do contraventor Carlinhos Cachoeira, além de intervir no Congresso em favor do empresário. Desfiliado do DEM e com um processo aberto contra si no Conselho de Ética, Demóstenes disse que vai se defender e provar sua inocência.



 03 – O deputado federal Jovair Arantes (PTB-GO)
O deputado federal Jovair Arantes (PTB-GO) foi citado no relatório da Operação Monte Carlo, deflagrada pela Polícia Federal em fevereiro e que prendeu Carlinhos Cachoeira. O parlamentar não nega que tenha relações com o contraventor; segundo ele, todos em Goiás conhecem Cachoeira por ele ser um empresário de sucesso: "Sou pré-candidato a prefeito em Goiânia, então liguei para ele para pedir ajuda", afirmou.
 
04 – O deputado federal Carlos Alberto Leréia da Silva (PSDB-GO)
O deputado federal Carlos Alberto Leréia da Silva (PSDB-GO) é um dos parlamentares apontados pela investigação da Polícia Federal por envolvimento com Carlinhos Cachoeira. Ao jornal "Folha de S.Paulo", ele confirmou que é amigo do empresário há 25 anos. "Se eu falar para você que não tinha conhecimento de que ele mexia com jogo seria hipócrita", afirmou.
 
 05 – O deputado federal e ator Stepan Nercessian (PPS-RJ)
O deputado federal e ator Stepan Nercessian (PPS-RJ) recebeu R$ 175 mil de Carlinhos Cachoeira, segundo reportagem da "Folha de S.Paulo". O parlamentar admitiu ter recebido o dinheiro e disse que é amigo de Cachoeira há muitos anos, já que os dois são de Goiás.

06 – O deputado federal Rubens Otoni (PT-GO)
O deputado federal Rubens Otoni (PT-GO) aparece em um vídeo divulgado no site da revista "Veja" no qual Carlinhos Cachoeira lhe oferece R$ 100 mil para sua campanha em 2004, quando disputou a Prefeitura de Anápolis (GO). Otoni disse que foi vítima de chantagem.

07 – O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB)
O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), também é acusado de envolvimento com Carlinhos Cachoeira: o contraventor teria influência na nomeação de funcionários de seu governo e o chefe de seu gabinete teria repassado informações sigilosas de operações policiais ao empresário. O governador disse que está "tranquilo" e que seu governo está "absolutamente isento" de qualquer relação com os negócios irregulares.

08 – O deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP)
O deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) foi citado na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, por conversas gravadas entre ele e Idalberto Marias Araújo, o Dadá, apontado como integrante do esquema de Carlinhos Cachoeira. "O diálogo relatado está fora de contexto do esquema criminoso", afirmou Protógenes, que negou qualquer relação com o bicheiro.

09 – O deputado federal Sandes Júnior (PP-GO)
O deputado federal Sandes Júnior (PP-GO) é um dos parlamentares citados pela Polícia Federal na investigação sobre o esquema montado pelo empresário de jogos ilegais Carlinhos Cachoeira. Em conversas gravadas pela polícia, ele fala de depósitos suspeitos de altas quantias de dinheiro. Segundo o deputado, o assunto é um "mal entendido".

10 – O deputado federal Leonardo Vilela (PSDB)
O deputado federal Leonardo Vilela (PSDB) e pré-candidato à Prefeitura da Goiânia foi flagrado em conversas telefônicas com Carlinhos Cachoeira. Vilela afirma que conversou com o bicheiro por duas vezes. A primeira foi há mais de um ano e seria um pedido para que o bicheiro conseguisse uma entrevista de emprego para a filha, que é farmacêutica, no IFC (Instituto de Ciências Farmacêuticas). A ex-mulher de Cachoeira é presidente do ICF. A segunda conversa teria ocorrido no 2º semestre de 2011 para buscar o apoio de Demóstenes Torres à candidatura dele a prefeito de Goiânia.

“Marcamos para amanhã às 10h30 a convocação do Congresso. Foi feita a conferência das assinaturas, conversamos com todos os líderes [partidários] e este é o entendimento. Para que seja feita a leitura do requerimento da CPMI”, confirmou a vice-presidente do Congresso, a deputada federal Rose de Freitas (PMDB-ES). Rose é vice-presidente do Congresso, ela substitui o senador José Sarney (PMDB-AP), que está licenciado após fazer uma angioplastia no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

Das assinaturas confirmadas, segundo a deputada, o último balanço mostra que há apoio para a criação da comissão parlamentar de inquérito de 67 senadores e 362 deputados, mas os números ainda podem sofrer alteração --o número mínimo necessário era de 171 deputados e 27 senadores.
A comissão vai investigar os negócios de Cachoeira com parlamentares, autoridades e empresas públicas e privadas. Cachoeira foi preso em fevereiro durante a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal. O empresário, que estava no presídio federal de Mossoró (RN), foi transferido hoje para o complexo penitenciário da Papuda, em Brasília.
“Líderes de vários partidos pediram para que a sessão do Congresso seja realizada logo após essa conferência”, disse Freitas ao chegar à Câmara. Ela afirmou que, como existe consenso entre os partidos, não há porque adiar o começo dos trabalhos. Porém, ela destacou que é preciso que os líderes partidários coloquem em prática o discurso de apoio e façam com que a Casa tenha quórum suficiente amanhã.

O número de apoiadores pode ser alterado até a meia-noite do dia em que for feita a leitura do requerimento em plenário. Até essa data, os parlamentares podem assinar ou retirar suas assinaturas do documento. Se for mantido o mínimo de 198 assinaturas, a CPI é oficialmente criada.

A partir daí, os partidos têm cinco dias para indicar 15 senadores e 15 deputados --e um número igual de suplentes– para a comissão, respeitando a proporcionalidade partidária nas duas Casas. Do total de 30 titulares, a oposição tem direito a sete vagas. De acordo com Rose de Freitas, os líderes dos partidos terão até terça-feira (24) para indicar os integrantes para compor a CPI.

Se a CPI for criada amanhã, os parlamentares pretendem iniciar os trabalhos já na quarta-feira (25). Na primeira reunião, deverão ser definidos o presidente e o relator do caso. A comissão tem o prazo de seis meses para concluir seus trabalhos, com possibilidade de ser prorrogada. 
Segundo a Constituição, uma CPI tem poderes de investigação próprios das autoridades judiciais e pode, por exemplo, ouvir testemunhas, investigados e indiciados, requisitar informações e documentos sigilosos a instituições financeiras, além de quebrar os sigilos bancário, fiscal e de dados. Ao término das investigações, as conclusões devem ser encaminhadas ao Ministério Público. (Com agências Senado e Câmara).

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Dag Vulpi

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