Marcos Rebello |
Por Marcos Rebello
Desde que a
crise econômico-financeira mundial tomou conta dos processos políticos as
preocupações de países em desenvolvimento, especialmente o Brasil, obrigam
estes países a adotar como prioridade a postura de consolidação daquilo que
conseguiram até o início da crise. Isso é o que fica como fachada em uma
análise política superficial.
No entanto,
qualquer um que conhece o processo de "administração de crises", em
se tratando de uma crise econômica que é eminentemente financeira na origem,
deve compreender a dinâmica do processo de aglutinação de forças financeiras e econômicas
que naturalmente se desdobram na política.
O Brasil, desde o tempo da independência, tem sido mero apêndice no circuito financeiro internacional, e Lula, para poder disputar as eleições de 2002 teve que depender diretamente dos financiamentos dos Rothschilds, os mesmos que desde a independência até a crise atual são os responsáveis pelas cíclicas estagnações econômicas causadas pelas contrações periódicas do crédito.
Por outro lado, é notório faz bem pouco tempo que o Brasil participa do circuito de empréstimos interbancários internacional, mesmo assim o Banco do Brasil não pode abrir agências em outros países para transações comerciais, exceto apenas recentemente, e muito pequena, aqui na Florida. No entanto, cuidado tiveram para que essa incursão fosse feita de acordo com interesses suprematistas já mencionados, porque assim que estourou a crise os maiores bancos brasileiros enviaram especialistas para aprenderem as técnicas mais avançadas do uso das derivativas em Londres e em Chicago pelo mesmo motivo que o BRIC foi conceptualizado e lançado a partir do escritório da Goldman-Sachs da City of London, QG do grupo financeiro que controla as finanças internacionais.
O PT, portanto, além de estar sob a tutela programática financeira desde o início, tem que abdicar da sua ideologia progressista porque os mentores da crise ditam os parâmetros políticos sendo que essa crise está sendo muito bem administrada. No Brasil, mais bem administrada ainda, porque o escândalo do Banestado, mesmo em 2003 com CPI, teve que ser abafado e foi o precursor junto com a Privataria, de uma crise ainda em formação que tinha no PSDB e no DEM os seus mentores, mesmo assim como proxies de maiores interesses. A prova está no livro do Amaury Ribeiro Junior, recém lançado, e que é a salvação politica do Brasil se de fato a CPI conseguir ir adiante.
Logo, não é a toa que a "esquerda" do PT vem se conformando com a "direita" programática e cada vez mais perdendo o ímpeto e a originalidade dos tempos da sua formação.
É hora do PT
acordar, ou o PSOL era de fato a alternativa correta para onde migraram os
puristas.
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Dag Vulpi