sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

De Pedro Bial, de BBB e de Concentração de Renda

Não sei bem como foi engendrado o projeto do BBB, como o Bial entrou no negócio, bem como se tornou o âncora do programa ou seu Big Boss. São os conluios escondidos que o público não toma conhecimento. Pode ter tido a ideia - bem imaterial altamente negociável que faz fortunas instantâneas - de trazer ao Brasil programa que fazia sucesso entre os "Hommers" americanos e que certamente faria sucesso entre os congêneres brasileiros, com isso está concorrendo a alcançar, em alguns anos, algum posto de milionário em listas  de revistas que disso se ocupam. Ela é muito simples. Peguem um punhado de povo louco para aparecer e  mostrar tudo inclusive suas mazelas de comportamento, de caráter e de moral, um apresentador que fala bonito e usando grandes obras literárias que os "Hommers" sequer conhecem e o endeusam - o apresentador - como se fosse o supra sumo da cultura. Uma rede de televisão aberta que servirá de base para a propaganda - sem mostrar tudo - , algumas redes de telefonia para operacionalizar o contato com o público, uma rede de televisão fechada para mostrar tudo, grandes conglomerados industriais e comerciais para ajudar na receita e nos prêmios fechando o custo zero do programa. Temos assim que, sem custos, é montada uma estrutura rica sem se colocar um tostão furado ou no dizer do gaúcho, nenhum "pila". "Enche-se a linguiça" numa época em que não há grandes projetos de programação por ausência de esportes e que só carnaval, em três ou quatro dias, fará a farra da programação. O programa começou com um "paredão" - não gostam de Cuba, mas usam seus termos - com dois protagonistas por semana, passou para dois "paredões" por semana ainda com dois protagonistas e, no último, estava com dois ou mais "paredões" com três protagonistas. Além de "ressuciatarem" participantes de BBBs anteriores e outros destes que já saíram. Que isso quer dizer? Mais gente ligando. Os votos - cada um equivale a uma ligação - se multiplicaram, aumentando em muito a arrecadação! Se fizerem tudo certo, inclusive o recolhimento dos impostos, todos ganham: Bial, os empregados, as empresas patrocinadoras, as empresas de telefonia, as emissoras de tv aberta e fechada, os participantes que se vendem por um período em que não precisam se preocupar pelo seu sustento, alguns prêmios e se conseguirem chegar ao final viram milionários. Tem premiozinhos para quem participa, numa consolação risível: numa arrecadação de milhões, ganha-se um carro popular. Quem financia tudo isso ou "perde"? Perde o povão que em dias de votação, proporciona um lucro absurdo para todo mundo. Basta saber que em 100 milhões de votos há uma arrecadação, via teles, de R$ 34 milhões. Uma só paga toda a despesa. As outras são lucros exorbitantes. O governo também gosta pois se houver pagamento de 5 centavos, a arrecadação de apenas um "paredão" proporcionará aos cofres dos governos, a importância de R$ 5 milhões. Todos ganham e milhões perdem, numa concentração de renda instantânea sem nenhum benefício material ou de melhoria para a população! O Governo Federal  tentando acabar com a miséria gasta alguns bilhões - não consegui determinar quanto, pois que não achei referência para estes programas -  enquanto que em poucos meses é feita uma concentração enorme de renda nas mãos de poucos.
Alguém me disse que uma das vantagens de privatizar a telecomunicação, seria criar oportunidades de negócios. Perguntei quais. Serviços como informação do tempo, horóscopo, piadas - já existia na telefonia fixa e era terror das empresas -, notícias, e que com imaginação ele, eu, qualquer um poderia "inventar" qualquer negócio que envolvesse telefonia móvel. Diante da pobreza dos produtos ofertados, lhe referi que ninguém de sã consciência, pagaria para ter isso no seu telefone. Mordi a língua com todos os dentes, quando me dei conta da maracutaia do BBB. Vende-se nada a troco de menos ainda para milhões. Cria-se expectativas anunciando a "abertura da seleção" que, por não haver regras claras, torna-se um jogo de cartas marcadas em que o povinho não irá participar a não ser que seja do interesse da cúpula do programa. Tem dois artigos. 1º O programa sempre tem razão. 2º Se  não tiver reporte-se ao artigo 1º!
Da até para calcular o quanto o povo repassa via telefone para o programa no intervalo de 3 meses. Esse tempo dá 12  semanas vezes a média de 3 "paredões", resultando em 36 "paredões". Mais umas 3 ou quatro votações para ver quem é reconduzido e teremos 40 conjunto de ligações. Por baixo, sem contar com patrocínio e outras entradas, dará   R$    1,360   bilhão.
Um bilhão de reais, por um desserviço. Um bilhão de reais por mazelas pessoais de pessoas que apesar de muitas serem "estudadas", têm uma estatura moral muito baixa.
Há no Face um movimento para não colocar nada do BBB na rede. Vou mais longe propondo uma campanha mais efetiva. Acabe com o BBB, não ligue!

Via Portal LN

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