Orçamento enviado à Câmara de Vitória prevê gastos de R$ 3,6 milhões a mais
Letícia Gonçalves
lgoncalves@redegazeta.com.br
A Câmara de Vitória pode ter mais R$ 3,6 milhões para gastar em 2012. O valor extra está previsto na proposta de Orçamento enviada à Casa pela Prefeitura da Capital.
Em 2011, a verba para o Legislativo foi de R$ 23,9 milhões. Para o ano que vem, a previsão é de R$ 27,5 milhões. O projeto foi protocolado na Câmara na última sexta-feira.
O reforço no Orçamento chega à Casa em meio às discussões sobre a possibilidade de aumento no número de vereadores. A Câmara pode passar dos atuais 15 para até 23 parlamentares, mas nenhuma proposta foi protocolada até agora.
Nos bastidores, alguns vereadores também defendem o aumento no próprio salário, de R$ 7,4 mil, e que poderia chegar a até R$ 12 mil.
Fabrício Gandini (PPS) comentou os debates sobre o aumento do número de parlamentares e a repercussão do tema entre a população. "Tivemos uma discussão terrível, vergonhosa para a nossa Casa".
Gandini é contrário ao aumento do número de vereadores. Ele disse ainda que os R$ 3,6 milhões a mais do Orçamento do Legislativo deveriam ser redirecionados para outras áreas.
Neuzinha Oliveira (PSBD) diz que se surpreendeu com a proposta orçamentária para a Casa. "Vejo com surpresa esses R$ 3,6 milhões a mais. Fiquei até assustada".
O presidente da Câmara, Reinaldo Matiazzi (PT), o Bolão, afirmou que o montante é maior por demanda do próprio Legislativo e que é necessário já que despesas que estão previstas para 2012 não constavam no Orçamento de 2011. "Em 2011 não tinha previsão de gastos com informática, por exemplo. Também faremos obras no prédio e há licitações em andamento que devem ser pagas no ano que vem", afirmou.
O destino do dinheiro será para manutenção do serviço administrativo, despesas de capital, pessoal, manutenção de bens imóveis e informática.
Bolão não acredita em mais vagas
A definição sobre o aumento do número de vereadores pode não ser definida até a data-limite de 7 de outubro por falta de "clima" na Câmara de Vitória. Há ainda uma dúvida entre os parlamentares sobre uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que estenderia o prazo para a alteração até junho do ano que vem.
Para o presidente da Câmara, Reinaldo Bolão (PT), que é contra o aumento, a repercussão na sociedade torna a proposta difícil de ser aprovada. "Sinto que não tem clima para isso aqui. O termômetro das ruas aponta que a população não quer esse aumento". Segundo pesquisa encomendada pela Casa, 75% dos moradores de Vitória são contrários à medida.
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